Fatores externos estão acomodados

Os analistas acreditam que os fatores externos, ao menos no curto prazo, estão acomodados. Deixaram de lado, por exemplo, qualquer preocupação com a alta de juros nos Estados Unidos. Essa hipótese estaria afastada por três motivos básicos ligados à crise asiática: 1) ligeiro esfriamento da atividade econômica dos Estados Unidos decorrente da queda de pedidos dos países asiáticos, não havendo qualquer risco iminente de inflação; 2) aumento do déficit comercial americano: as importações de produtos asiáticos voltou a crescer após as desvalorizações das moedas da região; 3) o Federal Reserve quer evitar o agravamento da crise bancária da Ásia; uma alta de juros apenas agravaria a situação de inadimplência. Também está afastada a hipótese de uma desvalorização cambial na China, após a visita do presidente Bill Clinton ao país. Está incorporada como verdade pelo mercado a troca feita entre os dois países: os EUA apoiam a reincoporação de Taiwan pela China continental e Pequim não mexe na moeda. Como o governo japonês está mais comprometido com o reaquecimento de sua economia e o FMI vai cobrir as necessidades de curto prazo da Rússia, restam poucas tensões de peso no momento. Os maiores cuidados vão para Venezuela, México e Chile – os dois primeiros devido à queda dos preços do petróleo e o terceiro em razão da retração do mercado e das cotações do cobre.

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