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Trabalhadores administrativos da Vikstar alegam descumprimento de acordo de demissão

Unidade da Visktar de São Paulo, vazia

Os trabalhadores que prestaram serviços administrativos para a empresa Vikstar alegam o descumprimento do acordo PDI (Plano de Demissão Incentivada), homologado entre as empresas Vikstar, Telefônica Vivo e sindicato, no dia 17 de maio na Justiça do Trabalho. A Vikstar prestava serviços de call center à Vivo em cinco locais de São Paulo, Paraná e Piauí. A tele rescindiu o contrato com a terceirizada no dia 18 de março.

Segundo informado ao TELETIME, na ocasião de fechamento do acordo, ficou acertado de que todos os colaboradores que prestassem serviços terceirizados para a Telefônica Vivo, vinculados à Vikstar, estariam inclusos no acordo de desligamento. Isso abrange, além dos operadores e supervisores, aqueles que eram considerados das áreas de apoio, como profissionais de RH, recepção, comunicação, dentre outras funções que não as de operadores de telemarketing.

Todas as unidades da Vikstar deverão ser desmobilizadas até o dia 17 de junho. Em São Paulo, outro local que já teve unidade desmobilizada, foram 500 trabalhadores afetados. Em Londrina foram 200; em Teresina serão 190 e Votuporanga e Barretos, 120. Esses são os números do administrativo.

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No momento do acordo, os presidentes do Sindicato de Teresina, João de Moura Neto, o senhor Pedro Vitor Dias da Rosa, presidente do Sindicato de Londrina e a senhora Valmira Luzia da Silva, presidente do Sindicado de São Paulo, fechando a tríade que deveria representar todos os colaboradores da Vikstar garantiram que todos seriam desligados e receberiam seus direitos, assim como o executivo da Telefônica Vivo, senhor Luiz Claudio Rangel Xavier, que garantiu que a única cliente da Vikstar, estaria prestando contas a todos os colaboradores, fato este que começamos a entender que não ocorrerá”, diz o documento dos trabalhadores.

Na primeira unidade desmobilizada, a de Londrina, os trabalhadores administrativos afirmam que, além de não receberem as verbas rescisórias, ainda estão com FGTS e INSS atrasados. O cenário se estende aos demais colaboradores administrativos das outras unidades, que juntos somam cerca de 1 mil colaboradores. “Mil famílias que ficarão à deriva em um cenário caótico como o que já vivemos. Além de enfrentar uma pandemia, nós também estamos enfrentando o desemprego e a impunidade do não cumprimento de um acordo”, diz a manifestação dos trabalhadores enviada ao TELETIME.

Os trabalhadores apontam ainda que a situação mais crítica é daqueles que atuaram até 31 de maio, ou mesmo que ainda trabalham na Vikstar. Os profissionais afirmam que, até o momento, não receberam os salários referente ao mês de maio.

E prosseguem: “lembramos que sem as áreas de tecnologia, planejamento, auditoria, comunicação, limpeza e muitas outras que compuseram a empresa ao longo de 9 anos, não haveria a possibilidade de ter a área de operações. Uma complementa a outra, portanto, é de entendimento de todos, que todas as áreas prestaram serviços para a Vivo”, afirmam.

O que diz o sindicato e a Vivo

Segundo João Moura, presidente do Sinttel-PI, aproximadamente 10% dos trabalhadores foram excluídos pela tele do recebimento de suas verbas. “Há uma disputa entre as duas empresas que está prejudicando os trabalhadores. A Vivo excluiu do acordo trabalhadores que em algumas unidades trabalhavam nos escritórios da empresa em funções administrativas. Por outro lado, a operadora está repassando os recursos do acordo para a Vikstar, e esta, sabendo quem realmente estava na operação com a Vivo, em vez de pagar essas pessoas, não os pagou”, disse João Moura.

Moura disse que os sindicatos pediram à Vikstar uma lista das pessoas contempladas no acordo, para saber quem realmente ficou de fora. “Vamos acionar a Vivo para pagar essas pessoas. Se isso não for possível, vamos entrar na justiça”, afirmou Moura.

Ao TELETIME, a Vivo disse que está fazendo os pagamentos conforme previsto no acordo, a partir de uma lista repassada pela Vikstar, com nomes dos trabalhadores de call center e televendas. “O critério fixado no acordo firmado entre a Vikstar, Sindicatos e Telefônica visou contemplar os colaboradores da VIKSTAR alocados na atividade de call center e televendas da operação da Telefônica, colaboradores estes informados pela própria VIKSTAR ao longo da vigência do contrato com a Telefônica”, disse a operadora em comunicado.

1 COMENTÁRIO

  1. Supremo tribunal federal gosta de legislar para as operadoras poderia entrar nesse caso para resolver esse problema, quando deputados dão palpite o supremo tribunal federal rapidamente se manifesta agora não faz nada

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