Algar cresce em receitas, mas não evita prejuízo no primeiro trimestre

A Algar Telecom registrou prejuízo líquido de R$ 88,5 milhões no primeiro trimestre, de acordo com balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira, 8. O prejuízo é 53,3% maior do que o reportado no mesmo período do ano anterior, quando as perdas somaram R$ 57,7 milhões.

Apesar de ter avançado em receitas e no resultado operacional, a operadora mineira disse que não evitou novo prejuízo em razão das despesas financeiras e dos gastos com depreciação e amortização.

Inclusive, entre janeiro e março, as despesas financeiras da Algar tiveram alta de 7,8%, para R$ 139,6 milhões. Já os desembolsos com amortização e depreciação totalizaram R$ 238,6 milhões, alta anual de 24,1%.

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Por outro lado, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 292 milhões no primeiro trimestre deste ano, avançando 20,7%. A margem Ebitda ajustado foi incrementada em 5,8 pontos percentuais, alcançando 40,5%.

"Esse resultado reflete o avanço na rentabilidade operacional e na geração de valor em relação às receitas", afirma empresa.

Receitas avançam

A operadora registrou receita líquida de R$ 790,2 milhões no primeiro trimestre, alta de 3,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os serviços corporativos (B2B), carro-chefe da empresa, avançaram 1%, para R$ 474,3 milhões. Já o B2C cresceu 7,9%, alcançando R$ 246,6 milhões.

"Embora o crescimento anual [do B2B] tenha sido modesto, trata-se da maior evolução trimestral dos últimos dois anos", ressaltou a Algar, em trecho do informe financeiro.

Vale destacar que o braço corporativo foi puxado por serviços de TIC (+10,7%), ao passo que conectividade (-4,9%) e operações móveis (-6,9%) encolheram em receitas. Para reverter este cenário, a Algar indicou que "já vem atacando com ajustes no portfólio e foco comercial regionalizado".

No que diz respeito ao B2C, segmento em que registrou expansão de quase 8% no faturamento, a Algar obteve avanços em banda larga (+12%), serviços móveis (+3,4%) e outras fontes de receita (+22,3%), incluindo serviços de valor adicionado (SVAs).

Em termos de base de clientes do serviço de Internet fixa, no primeiro trimestre, a empresa registrou adição líquida de 29,4 mil assinantes residenciais do serviço de conectividade via fibra óptica, "com aumento na penetração de planos de maior velocidade", o que ajudou a ampliar a receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês). No B2B, ao contrário, houve cerca de 20 mil desconexões.

Na soma de residências e empresas, a operadora regional encerrou o mês de março com 824,8 mil clientes de banda larga fixa.

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