Mercado latino-americano de redes para data centers está na mira da HP

Em busca da liderança do mercado de soluções de rede, a Hewlett-Packard (HP) tenta uma abordagem focada na inteligência das infraestruturas de data centers. A estratégia da companhia abordada durante a conferência Interop, em Las Vegas, Estados Unidos, é oferecer soluções de redes autodefinidas por software (SDN) como um diferencial de negócios para a comunicação em data centers. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 8, a vice-presidente senior e gerente geral da área de redes da HP, Bethany Mayer, revelou que o mercado latino-americano tem uma importância fundamental nessa estratégia. "É uma região forte para nós, e o setor corporativo dá valor às nossas últimas tecnologias, estando sempre à frente da curva", diz ela, destacando a forte presença de comunicação wireless e tecnologia de ponta. "São países que crescem rápido e precisam dessa inovação."

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A companhia atua também com parcerias. Uma delas é com a Telefónica, que utiliza a tecnologia da HP para análise de rede e monitoramento. "Sempre tivemos uma boa parceria com o grupo e vendemos produtos de nosso portfólio em conjunto para o mercado corporativo e de pequenas e médias empresas", disse Bethany, incluindo as operações da Telefônica/Vivo no Brasil. A executiva não revela se a operadora utiliza a solução de SDN, apenas reiterando que é um "forte parceiro" e que provê também equipamentos para as edições brasileiras da Campus Party.

A VP de networking explica que outra estratégia é a de oferecer sistemas convergentes, integrando a área de Tecnologia da Informação (com atuação em storage e servidores) com a de redes. "Isso nos dá mais taxa de adesão e é o jeito que os consumidores querem agora", afirma. "De uma perspectiva de rede, somos baseados em padrões (abertos). Queremos ser totalmente acessíveis e acho que estamos indo melhor do que qualquer outra empresa." Na visão de Bethany, o cliente não quer ficar preso a soluções proprietárias. "Nossa área de redes tem crescido por 14 trimestres seguidos e é uma parte estratégica para os negócios da HP porque redes são muito importante para nossa base de clientes e acreditamos que podemos participar de uma maneira mais ampla", diz.

Ela destaca ainda a integração com plataformas de segurança de rede, como o Sentinel, que se baseia em software para oferecer proteção na rede virtualizada. "Esta é a beleza de uma SDN: você não precisa de caixas físicas para essas plataformas", declara. Outra aplicação que Bethany destaca é a Lync, da Microsoft. A SDN utiliza a API do comunicador para alocar mais banda, permitindo executar compartilhamento de telas em tempo real, por exemplo. "Isso é bem diferente do que está disponível hoje, ninguém consegue fazer isso sem SDN. É uma ótima oportunidade para mudar o paradigma de rede".

Ela acredita que a adoção das redes autodefinidas por software será "um processo gradual", que levará as empresas a implementar a solução em diferentes partes de redes, onde é possível gerenciar overlays com o switch virtualizado. "Uma boa área para iniciar isso é no wireless, que consegue ter mais funcionalidades utilizando a SDN para políticas de BYOD, por exemplo", diz ela. Bethany Mayer acredita que o recurso se tornará mainstream para data centers em três a cinco anos. Para operadoras, no entanto, a executiva é taxativa. "É um mercado muito dinâmico, mas eu não tenho ideia de quando estariam prontas para virtualizar a rede. Mas elas só tem a ganhar com isso", afirma.

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