Anatel aprova segunda geração da Starlink e abre revisão de regras para constelações

Sistema de links ópticos entre satélites da Starlink

O Conselho Diretor da Anatel aprovou nesta terça, 8, em circuito deliberativo, o pedido de ampliação da capacidade da Starlink no Brasil. Com isso, a empresa passa a ficar autorizada a utilizar mais 7,5 mil satélites em território brasileiro, perfazendo um total de 12 mil satélites (somados aos 4,4 mil que já possuíam licença).

O assunto havia sido colocado em pauta na reunião ordinária do Conselho Diretor na semana passada, mas teve pedido de análise prorrogado por mais 120 dias. Mas o conselheiro Alexandre Freire resolveu trazer extraordinariamente seu voto para deliberação de forma virtual. 

A deliberação da Anatel, contudo, trouxe algumas novidades. A Starlink fica obrigada a apresentar, periodicamente, relatórios à Anatel contendo informações previamente definidas sobre o sistema de satélites não-geoestacionários. Reforçou-se, ainda, o dever de manter atualizados os dados fornecidos por meio das coletas periódicas realizadas pela agência.

Notícias relacionadas

Além disso, a Superintendência de Fiscalização da Anatel, em articulação com a Superintendência de Outorga e Recursos à Prestação, deverão acompanhar a execução do direito de exploração, "com o objetivo de verificar a eventual ocorrência de interferências prejudiciais e subsidiar a análise de possível pedido de prorrogação do referido direito".

A Starlink pagará à Anatel R$ 102.677 correspondentes à autorização de direito de exploração, em decorrência da alteração no quantitativo de satélites autorizados e adição de frequências.

Alerta regulatório

Além disso, a Anatel emitiu um alerta regulatório diante da intensificação da exploração comercial de satélites de órbita baixa, com vistas a uma atualização das regras atuais, "especialmente frente aos riscos identificados nos domínios concorrencial, da sustentabilidade espacial e da soberania digital".

O Comitê de Infraestrutura de Telecomunicações e o Comitê de Espectro e Órbita deverão organizar, com urgência, discussões técnicas e estudos destinados a subsidiar a Análise de Impacto Regulatório (AIR) desta atualização regulatória.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!