Viasat abre nova sede e planeja expansão de serviços no México


Enquanto tem a operação comercial no Brasil impedida pela demora na resolução dos problemas judiciais com a Telebras, a Viasat continua promovendo expansão no México. A companhia comunicou nesta segunda-feira, 8, que inaugurou uma sede na Cidade do México, com o objetivo de se posicionar de forma mais central no país latino-americano e expandir sua atuação.

O presidente e COO da Viasat, Rick Baldrige, afirmou em comunicado que a inauguração do escritório é parte de uma movimentação estratégica da companhia para se preparar para futuro crescimento com empresas e governos locais. Ele destaca que a operadora tem buscado cobrir áreas urbanas e rurais, oferecendo conexão via satélite também para mercado corporativo e de conectividade a bordo de aviões. "O México é um mercado importante para nós. Abrir nosso novo escritório é um passo necessário para construir nossa presença no país e apoiar nossas atuais iniciativas, assim como potenciais futuros serviços como a disponibilidade de serviços para educação e para o residencial", disse.

A Viasat começou a operar com serviço comercial no México em abril de 2018, por meio da plataforma de Wi-Fi Comunitário. A empresa estabeleceu parceria com parceiro local, o provedor Grupo Prosperit, e hoje diz cobrir uma área onde vivem mais de um milhão de pessoas. Em setembro do ano passado, a operadora assinou acordo com a companhia aérea Aeromexico para prover conectividade de bordo. E em dezembro, anunciou parceria com a atacadista Ubix para vender acesso corporativo e a governos. No mesmo mês, lançou também o serviço Wi-Fi Urbano. Já em fevereiro de 2019, a Viasat anunciou colaboração com o Facebook para acelerar a implantação do Wi-Fi Comunitário em regiões carentes do México.

Notícias relacionadas

Para todas as iniciativas, a capacidade no mercado mexicano é proporcionada por meio do satélite ViaSat-2, mas há a promessa de expansão com o lançamento de novos artefatos da constelação ViaSat-3. Os dois primeiros satélites deverão ser lançados ainda este ano e cobrirão as Américas (incluindo o Brasil) e a região da Europa, Oriente Médio e África (EMEA, na sigla em inglês). O terceiro deverá focar na região da Ásia-Pacifico.

A operação no Brasil atualmente ainda depende da liberação do uso da capacidade comercial em banda Ka do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC). Após questionamentos, o Tribunal de Contas da União pediu uma revisão do contrato (incluindo em relação ao compartilhamento de receitas). Viasat e Telebras entregaram ainda em fevereiro o acordo com as modificações, mas o TCU não divulgou sua avaliação. O destravamento do satélite foi colocado como prioridade pelo ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, embora o tema tenha ficado de fora do conjunto de prioridades anunciado pela Casa Civil para os 100 primeiros dias (período prestes a ser expirado) do governo Jair Bolsonaro.

De qualquer forma, a operadora já manifestou desejo de ir "além do SGDC" no Brasil, utilizando o ViaSat-3 e, se possível, até um eventual segundo satélite do governo brasileiro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!