A reunião realizada nessa quinta-feira, 8, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviu ministros e outras autoridades sobre o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), reservou algumas surpresas até mesmo para a cúpula do governo. A nova variável veio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que se manifestou publicamente em favor de que o governo use a Oi para implantar a política pública de acesso à Internet. O presidente do banco, Luciano Coutinho, sugeriu que seria mais fácil para o governo usar a concessionária do que revitalizar a Telebrás ou usar qualquer outra estatal. Vale lembrar que o BNDES é acionista da Oi e, juntamente com os fundos de pensão, controla 49% do capital votante da operadora.
A proposta pegou boa parte dos participantes desprevenida, uma vez que as empresas privadas foram ouvidas várias vezes ao longo da construção do plano e, apesar de parcerias terem sido consideradas no projeto, em momento algum se levantou concretamente uma proposta de que a Oi fizesse todo o trabalho de massificação da banda larga.
Coutinho disse às demais autoridades da reunião que a Oi teria um bom plano de expansão do serviço e, por isso, deveria ser ouvida pelo governo. Ressaltou ainda o fato de o BNDES ter participação na empresa, o que daria algum poder do governo sobre a concessionária, apesar da posição minoritária. Em princípio, a proposta do BNDES – feita apenas agora, meses depois do início das negociações – não foi bem vista por muitos participantes da reunião.
Plano Nacional de Banda Larga