O modelo de negócios predominante até agora entre operadoras de telefonia móvel e fornecedores de equipamentos de rede no Brasil é o chamado "pay as you grow". Em bom português, significa que conforme a operadora precisa aumentar sua capacidade de rede para dar conta do aumento da base de clientes, ela vai remunerando os fabricantes. O problema é atualmente a base de assinantes está crescendo junto às classes D e E, cujos consumidores têm um gasto médio mensal bem abaixo dos demais. Para o gerente de inovação e tecnologia da TIM, Maurício Cascão, chegou a hora de rediscutir esse modelo de negócios com os fabricantes.
A proposta do executivo da TIM é levar para a área de hardware um modelo que já vem sendo utilizado na compra de softwares: o "Unlimited License Agreement" (ULA). Ele consiste em negociar um valor fixo com o fornecedor por um determinado período de tempo, independentemente de quanto a base crescer. Nesse modelo é preciso que cada lado calcule sua estimativa de crescimento para se chegar a um acordo. Na opinião de Cascão, o assunto deve ganhar força este ano nas conversas entre operadoras e fabricantes em razão da crise econômica mundial. O executivo participou nesta quarta-feira, 8, do almoço de lançamento da nona edição do seminário Rio Wireless.
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