Huawei não é alvo de investigações no Brasil, lembra Marcos Pontes

Provocado novamente sobre a posição do governo brasileiro perante a crise geopolítica envolvendo a Huawei e o governo dos EUA, o ministro Marcos Pontes reiterou que não depende dele "determinar que uma empresa fique ou não no País" e afirmou que não há em curso nenhuma análise de denúncias relativas à segurança feitas pela gestão de Donald Trump contra a fornecedora chinesa.

"Não fizemos análise específica de cada uma dessas possibilidades", relatou Pontes durante conversa com jornalistas após evento realizado na capital paulista nesta sexta-feira, 8. "Não se muda uma infraestrutura inteira de um País de uma hora para a outra", prosseguiu. "[A questão] tem que ser pensada, analisada com fatos para tomarmos decisão baseada em realidade. Além de trazer dados e avaliação técnica eu não tenho a competência de, vamos dizer assim, determinar que uma empresa fique ou não no País".

Conforme informado por Pontes durante o MWC 2019, uma eventual decisão de limitar a atuação de empresas chinesas no Brasil só poderia ser tomada pelo presidente Jair Bolsonaro. Nos EUA, a fornecedora entrou com processo contra o governo alegando inconstitucionalidade do bloqueio imposto contra ela pelo país. A empresa também revelou que já soma mais de 30 contratos para o desenvolvimento de redes 5G ao redor do mundo.

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Empreendedoras Digitais

Pontes esteve na capital paulista para assinar memorando de entendimento com a prefeitura de São Paulo e a Finep visando a criação de um programa para startups com lideranças femininas. Com início previsto para 22 de abril, o Empreendedoras Digitais deve capacitar 300 mulheres durante sua fase inicial e, posteriormente, selecionar 30 empresas para um processo de pré-aceleração que se valerá de R$ 500 mil disponibilizados pelo MCTIC através da Softex. Dentre as startups, cinco serão sagradas "vencedoras" e receberão R$ 100 mil cada a título de premiação, somando assim outros R$ 500 mil que, neste caso, serão liberados via Finep. Ao todo, o programa demandará R$ 1 milhão. Segundo o ministro, a iniciativa pode ser replicada em outras cidades futuramente.

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