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Nextel tem queda nas receitas e aumento de prejuízo, mas mantém otimismo para 2018

As receitas da Nextel e de sua controladora, Nii Holdings, sofreram redução no trimestre e no ano, o que acabou resultando também em prejuízo. Ainda assim, as companhias afirmam que estão em uma “posição saudável”, incluindo a possibilidade de revisão sobre as próprias condições de manutenção de funcionamento da operadora no Brasil, segundo balanço financeiro divulgado nesta quinta-feira, 8.

A controladora afirma que as alterações do perfil dos empréstimos e as melhorias na liquidez e nas perspectivas foram positivas. Portanto, a Nii está fazendo uma nova análise “para avaliar se as dúvidas a respeito da capacidade de manutenção da companhia foram resolvidas”.

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Para 2018, a companhia espera que as adições líquidas de acessos 3G/4G fique em torno de 300 mil acessos ou mais; que o OIBDA consolidado ajustado seja “moderadamente melhor”, mas ainda negativo; e nível de despesas de captial similar ao montante de 2017.

Financeiro e operacional

Considerando somente a Nextel Brasil, a receita de “serviços e outros” no trimestre foi de US$ 184 milhões, uma redução de 24,53%. No acumulado de 2017, foi de US$ 847,8 milhões, uma redução de 11,97% no comparativo anual.

O prejuízo operacional ajustado antes de depreciação e amortização foi de US$ 15,9 milhões no trimestre, contra lucro de US$ 7,5 milhões no ano anterior. No acumulado dos 12 meses, o prejuízo foi de US$ 31,1 milhões, frente a lucro de US$ 59,1 milhões em 2016.

A Nextel encerrou 2017 com 359,6 mil acessos na tecnologia iDEN, uma redução de 57,51% comparado a dezembro de 2016. Já a tecnologia 3G/4G cresceu 2,87% em 12 meses, totalizando 2,896 milhões de acessos. Segundo a empresa, houve 23,5 mil migrações de uma tecnologia para outra, 19,80% a menos do que em 2016. No total, a base da operadora no Brasil era de 3,245 milhões de acessos, um recuo de 10,78% comparado ao ano anterior.

A taxa de churn do assinante Nextel foi de 3,83% no trimestre, 0,18 ponto percentual a mais do que no mesmo período do ano anterior. No consolidado, foi de 3,98%, 0,2 p.p. a menos do que em 2016. A receita média por usuário (ARPU) caiu US$ 2 e fechou o trimestre em US$ 18. No ano, a ARPU foi de US$ 19, mesmo do que em 2016.

Nii Holdings

A receita operacional da controladora no trimestre totalizou US$ 188,9 milhões, uma redução de 23,95% comparada ao mesmo período de 2016. O consolidado do ano totalizou US$ 869,8, uma queda de 11,70%. O prejuízo operacional aumentou 35,61% e foi de US$ 37,7 milhões no trimestre, enquanto no acumulado do ano foi de US$ 86,3 milhões, contra US$ 9,1 milhões de prejuízo em 2016.

O prejuízo líquido atribuível à Nii Holdings nos três últimos meses de 2017 foi de US$ 56,3 milhões, uma redução de 36,38% em relação ao ano anterior. No acumulado, foi de US$ 301 milhões, contra US$ 1,553 bilhão em prejuízo em 2016.

Preparando para o futuro

Em comunicado, o CEO da Nextel Brasil, Roberto Rittes, destacou o crescimento da base no quarto trimestre. “Esperamos uma redução ainda maior no churn do 3G/4G no primeiro trimestre, e estamos confiantes de que poderemos obter um aumento significativo de nossa base de assinantes de 3G/4G em 2018, o que, por sua vez, resultará no crescimento das receitas de 3G/4G”, declarou. “Ao mesmo tempo, continuamos a manter a disciplina em torno de nossas despesas e permanecemos focados na captura de oportunidades de reduções de custos adicionais. Nesse início de 2018, estamos energizados e entusiasmados para executar nosso plano anual”, completou.

A companhia afirma que as métricas financeiras foram similares ao ano de 2016, destacando que fontes de financiamento da empresa totalizaram US$ 371 milhões, incluindo US$ 211 milhões de caixa livre disponível (caixa não restrito) e investimentos de curto prazo, além de US$ 110 milhões em espécie garantindo obrigações indenizatórias relacionadas à venda da Nextel México e US$ 50 milhões em espécie comprometidos como caução para garantir “determinadas obrigações de desempenho no Brasil”. Segundo a Nii, a empresa recuperou todo o montante em espécie para a garantia dessas obrigações em janeiro deste ano. Também espera recuperar “nos próximos meses” US$ 73 milhões retidos em uma conta judicial voltada à declaração de imposto de renda no México entre 2010 e 2011.

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