MVNOs estão na agenda da Anatel, mas teles fazem empurra-empurra

Os representantes das teles móveis continuam a torcer o nariz para o modelo das operadoras móveis virtuais (MVNOs), que deu certo em alguns países, mas fracassou em outros, e entrou para a agenda deste ano da Anatel. Obviamente, não há consenso sobre a regulamentação do serviço no Brasil em curto prazo. ?Qual é a prioridade disto no mercado brasileiro em relação à carga tributária??, questiona o diretor executivo de regulamentação da Claro, Marcelo Pereira. ?Falta um projeto claro para saber onde se pretende chegar, como o governo vai participar e entrar com sua parte na carga tributária.?
A América Móviles atua como MVNO nos Estados Unidos, numa operação de nicho. Mas ainda não há estratégia definida para o Brasil. Pereira disse que não dá para comparar a estratégia da empresa nos EUA e dizer que apoiará o modelo de MVNOs no Brasil. ?Eu queria que o Brasil fosse igual aos EUA. Aí, com certeza apoiaria MVNO aqui.? Para o executivo, este assunto hoje é irrelevante diante da pauta de assuntos para serem resolvidos. É como a portabilidade, disse ele: ?Um negócio caro, complexo, que demandará muitos recursos que poderiam ser mais bem direcionados para resolver problemas mais prementes.?
Para o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, o problema em relação à MVNO é evitar que a empresa entrante receba subsídio de quem criou a infra-estrutura, por meio de baixo custo, já que o tráfego é vendido por preço de atacado e, portanto, menor do que no varejo. A questão é o quão menor esse preço pode ser, principalmente onde já existe muita concorrência e as margens de lucro estão apertadas. O modelo pode dar certo se for praticado o custo correto, aumentando a competição. Do contrário, observa o executivo, criará mais distorções. Além disto, ele sugere que o serviço seja criado por mercados. ?Nós estamos na área mais competitiva do Brasil (16 Estados, do RJ a RR), não somos os primeiros da fila para receber MVNO. São Paulo é a área menos competitiva?, alega ele, tentando empurrar incômodos novos concorrentes para longe de seu território.

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Os executivos participaram do 1° Fórum Acel, nesta quinta-feira, em Brasília, promovido pela revista TELETIME e pela Acel.

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