Uma rede experimental 5G será implementada pela Claro no campus paulistano da Universidade de São Paulo (USP), após parceria com a Escola Politécnica da instituição. Para tal, será utilizada licença científica cedida pela Anatel na frequência 3,5 GHz.
O projeto terá a Ericsson como fornecedora de equipamentos e a Embratel (braço da Claro para o mercado B2B) como integradora de tecnologia. Com a ativação, é projetada uma "rede de colaboração público-privada" para capacitação tecnológica e provas de conceito (POCs) 5G.
Segundo comunicado, o foco das atividades será o desenvolvimento conjunto de aplicações para os segmentos de Internet das Coisas (IoT) e cidades inteligentes (smart cities), incluindo para projetos de vigilância urbana e engenharia de tráfego. Os padrões Narrow Band e CAT-M também serão utilizados nos trabalhos.
Impacto
Professor da Escola Politécnica e coordenador do Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas da USP, Marcelo Knörich Zuffo afirmou que "as possibilidades interdisciplinares de pesquisa, desenvolvimento e inovações em 5G" são enormes a partir do campus, localizado no bairro paulistano do Butantã. A área tem quase 4 milhões de quilômetros quadrados e milhares de visitantes diários.
Pelo lado da Claro, a avaliação é que a aproximação com a universidade será fundamental para ampliar a diversidade e alcance dos novos projetos. "Atualmente, a USP é responsável por mais de 20% da produção científica brasileira, atendendo uma ampla gama de disciplinas", afirmou o diretor de inovação da Claro e fundador do hub beOn Claro, Rodrigo Duclos. "Ter a possibilidade de trabalhar a inovação aberta com os agentes deste ambiente traz um potencial enorme para o desenvolvimento de aplicações disruptivas".