Controladora da TIM corta distribuição de dividendos pela metade

A Telecom Italia, controladora da TIM Brasil, também divulgou nesta sexta seus novos guidances para o período de 2013 a 2015. Segundo comunicado da empresa, a estratégia é acelerar a política de redução de custos para avançar nas operações na Itália e no Brasil. Uma das medidas que o conselho de administração da holding italiana tomou foi a de reduzir mais uma vez a distribuição de dividendos.

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Em fevereiro do ano passado, a companhia já havia anunciado a redução da distribuição de 1,2 bilhão de euros ao ano para 900 milhões de euros por ano (entre 2012 e 2014) em dividendos. Desta vez, a redução é ainda mais drástica, cortando pela metade os dividendos a serem pagos: 450 milhões de euros por ano (até 2015). A holding italiana também anunciou  um programa de emissão de títulos de dívida no valor de 3 bilhões de euros no período de 18 a 24 meses.

Entre as medidas de corte de gastos estaria a venda da Telecom Italia Media, unidade de negócios voltada para o segmento de televisão do grupo, que não tem atuação no Brasil. No entanto, o conselho de administração decidiu adiar novamente o assunto para uma próxima reunião, ainda sem data definida.

Para 2013, a companhia espera terminar o ano com uma dívida líquida ajustada de menos de 27 bilhões de euros. O resultado é acima da meta inicial de 25 bilhões de euros, conforme anunciado no começo do ano passado pelo CEO da Telecom Italia, Franco Bernabè. A empresa ainda prevê estabilizar o crescimento anual e reajustar o EBITDA para um percentual de dígito único.

Já para 2015, o guidance é de atingir um crescimento composto anual (CAGR) baixo de dígito único em receita e EBITDA; ter o acumulado de despesas de capital em 16 bilhões de euros em três anos; e ajustar a proporção da posição financeira líquida do EBITDA menos de duas vezes naquele ano.

Políticas de cortes de dividendos têm sido adotadas pelas teles européias como forma de reduzir as dívidas pesadas acumuladas nos últimos anos. A Portugal Telecom foi pelo mesno caminho. A PT, a Telecom Italia e a Telefônica, bem como a Vivendi, controlam teles no Brasil, mas não alteraram a política de dividendos daqui para a Europa, o que indica que elas têm grande necessidade de caixa e não podem abrir mão dos recursos brasileiros nesse momento.

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