Enquanto governo e teles travam uma queda de braço sobre a vinculação da licitação da faixa de 450 MHz à de 2,5 GHz e suas obrigações, cujo edital encontra-se em fase final de consulta pública, a fornecedora de chipsets Qualcomm sai em defesa da atribuição do espectro para a banda larga. Em comunicado, a empresa afirma apoiar “o esforço da Anatel em promover o leilão deste importante espectro e está comprometida em trabalhar junto ao governo brasileiro e aos seus clientes, para viabilizar testes e produtos comerciais em um futuro próximo”. em recente entrevista a este noticiário, o presidente da Anatel, João Rezende, disse acreditar que a faixa de 450 MHz também será perfeitamente viável para tecnologias LTE e que vê nos fornecedores (citou especificamente a Qualcomm) o interesse em fomentar esse tipo de desenvolvimento.
A Qualcomm anunciou que os seus processadores da família Snapdragon, que suportam 3G e LTE, também funcionarão na faixa de 450 MHz para atender à demanda por servicos de dados móveis em smartphones e tablets. Atualmente, os processadores multimodo e multibanda suportam somente o CDMA2000 em 450MHz, mas irão também suportar o LTE nesta faixa “assim que houver a padronização”.
“Qualquer dispositivo mainstream com solução multimodo poderá ser utilizado não apenas em 450 MHz, mas também poderá fazer roaming em áreas com cobertura em outras faixas de frequência”, afirmou em nota o presidente da Qualcomm para a América Latina, Rafael Steinhauser.
O problema da faixa de 450 MHz é apenas o limitado espectro disponível. A canalização a ser adotada no Brasil é de 7 MHz + 7 MHz, o que é considerado muito pouco para serviços de banda larga compatíveis com outras faixas utilizadas para 4G.
