A conclusão do processo de reestruturação societária da Vivo, em outubro, deu a ela o reconhecimento de créditos fiscais da Global Telecom no valor de R$ 740 milhões, que incidiram positivamente no resultado final da empresa. Além disso, a empresa conseguiu reverter a provisão de PIS e Cofins, no valor de R$ 126 milhões, o que também impactou positivamente. Graças a esses fatores extraordinários, a empresa reportou um lucro de R$ 885,6 milhões no trimestre e R$ 16,3 milhões no acumulado do ano. Excluindo-se esses fatores, a empresa certamente fecharia no prejuízo, segundo Alexandre Constantini da corretora Bear Sterns. A Vivo, informou que não fez esse cálculo.
O Ebtida foi de R$ 857,6 milhões, superior em 19,8% ao registrado no terceiro trimestre. A margem Ebtida foi de 29,2%, ante 25,3% na comparação com o trimestre anterior. Alexandre Constantini, destaca que tirando os efeitos não recorrentes de Pis e Cofins, a margem teria sido de 25%, o que está em linhas com as expectativas dos analistas. A receita de serviços aumentou de 7,3% na comparação com o terceiro trimestre. Alcançou R$ 30,6 de Arpu, 6,6% maior que o trimestre anterior. A empresa conseguiu também reduzir o custo de aquisição de clientes (de 22,4% na comparação ano a ano) e a provisão para devedores duvidosos em 72% na comparação ano a ano. Para Constantini esses fatores comprovam que a Vivo está focada na melhoria operacional em detrimento da busca desenfreada por novos clientes.
Mercado