O lucro líquido consolidado da Portugal Telecom (PT) atingiu o nível histórico da empresa de ?866,8 milhões em 2006, um aumento de 32,5% em relação ao lucro do ano anterior (que foi de ?654 milhões). O balanço anual da empresa foi divulgado na tarde desta quinta-feira, 8, após o fechamento da bolsa de valores de Portugal. A reestruturação fiscal, a redução de pessoal e o impacto positivo do ajuste nos benefício com cuidados com saúde foram apontados pela PT como responsável pelo aumento nos lucros. Segundo a empresa, o resultado foi impulsionado ainda pelo reconhecimento de um crédito fiscal de ?53 milhões no primeiro trimestre de 2006, pela adoção de tributação voluntária sobre mais-valias de ?142 milhões no segundo trimestre e pelo crédito fiscal na Vivo de ?134 milhões oriundos da reestruturação societária no último trimestre do ano.
Receita
Os aumentos de 3,3% na contribuição da Vivo de ?2,105 bilhões na receita operacional da PT e de 6,1% da PT Multimedia (?666,5 milhões) não foram suficientes para impedir a queda em 2006 de 0,7% na receita operacional consolidada da holding, que somou ?6,343 bilhões. A queda foi puxada pela redução de ?22 milhões nas receitas de telefonia fixa e de ?49 milhões da TMN, operadora móvel do grupo que atua em Portugal. O Ebitda também caiu na comparação anual em 2,9% e encerrou 2006 com ?2,423 bilhões, o equivalente a uma margem de 38,2%.
Dívida
Os encargos financeiros líquidos da PT apresentaram uma redução de 11,8% no ano em relação a 2005, para ?227 milhões, resultado da redução de 0,9% do custo médio no mesmo período para 5,7%. Excluindo o Brasil e os encargos financeiros associados ao ?equity swap? da PT Multimedia, o custo médio da dívida foi de 3,8% em 2006 (4,5% em 2005).
No último ano, a PT investiu ?143 milhões, o que inclui ?108 milhões para a aquisição da MTC, na Namíbia, e ?19 milhões relativos ao investimento no aumento de capital do Banco Espírito Santo (BES).