Nextel consegue alteração em contratos de financiamento com bancos

Assinadas em novembro, as alterações nas linhas de crédito da Nextel com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB, na sigla em inglês), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal foram efetivadas. Por meio de fato relevante, a controladora da operadora, a norte-americana Nii Holdings, divulgou nesta segunda-feira, 8, a aprovação final da China Export and Credit Insurance Corporation (Sinoruse) do aditamento dos contratos de financiamento junto ao CDB em outubro de 2017. Essas alterações asseguram termos "significativamente melhores para a Nextel", segundo a própria empresa, incluindo o diferimento de US$ 386 milhões (equivalente a R$ 1,28 bilhão) dos pagamentos do valor principal nos primeiros 48 meses a partir da data de efetividade, liberando caixa que poderá ser usado para financiar as operações da tele no Brasil.

As alterações ainda dão extensão ao prazo de vigência dos financiamentos para 98 meses, contando a partir da data em que as alterações se tornam efetivas. E suspendem a obrigação de cumprimento de "certos covenants financeiros, entre eles o da dívida líquida", até 30 de junho de 2020.

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Em troca, a Nextel ofereceu garantias adicionais para o CDB, BB e Caixa: direitos preferenciais a valores mantidos em determinadas contas bancárias e a cessão de equipamentos e propriedades a esses credores. A operadora ainda estará sujeita a requerimentos mensais de saldo mínimo de caixa e de fluxo de recebíveis. Subsidiárias da NII concordaram em realizar contribuições de capital próprio para a Nextel durante os próximos 48 meses como condição para alterações. Esses recursos virão de saldos de caixa disponíveis.

Em comunicado, o CFO da Nii, Dan Freiman, afirmou que as alterações dão uma estrutura de capital apropriada para longo prazo, reduzindo pressão na liquidez. "Contando com cerca de US$ 420 milhões em caixa (equivalente à aproximadamente BR$ 1,33 bilhão se convertidos à taxa de câmbio de 30 de setembro de 2017), estamos em melhor posição para investir no crescimento do nosso negócio 3G/4G no Brasil e dar continuidade aos nossos esforços para reduzir custos e seguir melhorando nossas métricas operacionais. A rotatividade (churn) de clientes 3G/4G no quarto trimestre foi reduzida para 3,47%, gerando boa tração para iniciarmos 2018", diz.

Sem obrigações

A Nextel comunica ainda que, no final do ano passado, em 28 de dezembro, a Anatel liberou "garantias de performance" relacionadas às obrigações de cobertura da operadora. Com isso, a empresa espera recuperar R$ 156 milhões em colaterais de caixa relacionados a essas garantias.

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