A operadora de banda larga Desktop reportou resultados do terceiro trimestre na última quarta-feira, 6, com crescimento de 13% no faturamento em um ano (para R$ 288 milhões) e alta de 19% no lucro líquido ajustado no mesmo intervalo (para R$ 48 milhões).
Já o lucro líquido nominal da empresa recuou 31%, para R$ 24 milhões. Aqui são considerados itens não recorrentes como a pressão pontual pela "sobreposição de dívidas" no período, uma vez que, durante o trimestre, a companhia concluiu a emissão da sexta e sétima emissão debêntures.
As duas operações somadas representam um montante de R$ 1 bilhão, sendo que parte do montante já foi utilizado para o pré-pagamento de aproximadamente R$ 300 milhões em dívidas com prazos mais curtos e spreads maiores. No momento a Desktop segue avaliando movimentos adicionais junto aos bancos.
"Ao final do 3T24, a relação Dívida Líquida/EBITDA Proforma Anualizado da Desktop foi de 2,4x, em linha com o 3T23 e o 2T24", indicou a operadora. São R$ 1,409 bilhão de endividamento líquido ao fim do terceiro trimestre, considerando parcelas a prazo de aquisições.
Ainda no campo financeiro, a Desktop aponta lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 147 milhões no terceiro tri, em crescimento de 15% em um ano. Já a margem Ebitda ajustada do grupo totalizou 51%, alta de um ponto percentual frente ao terceiro tri de 2023.
Comercial
A empresa encerrou o trimestre com 1,1 milhão de assinantes na banda larga, o que representa alta de 11% na base em um ano. Já a cobertura de fibra (medida em casas passadas, ou HPs) alcançou 4,4 milhões de lares, em avanço de 2%.
"Na contramão do mercado, a Desktop segue mantendo um nível acelerado de crescimento orgânico, liderando a captura de novos clientes regionalmente e nacionalmente em 2024", destacou a empresa.
Para corroborar os dados, a operadora paulista destacou ser o destaque no crescimento de assinantes na sua área de atuação nos nove primeiros meses de 2024, com 92 mil adições de clientes contra 64 mil e 14 mil das principais "big telcos" que atuam nas mesmas cidades. Já demais ISPs da região tiveram adições negativas, notou a Desktop.