Enterrar é solução cara para caos dos postes, afirma TelComp

Uma abordagem de enterramento das redes aéreas como forma de resolver a desordem dos postes não teria preço factível, avalia a associação de provedores regionais, B2B e de atacado TelComp.

Em debate promovido pelo portal Tele.Síntese nesta sexta-feira, 7, o presidente executivo da entidade, Luiz Henrique Barbosa, citou projeto que a TelComp participa na cidade de São Paulo: lançado há cinco anos, o SP Sem Fios teria custo avaliado em R$ 170 milhões para enterramento de 65 km de redes aéreas.

Envolvendo mais de 20 empresas de telecom distintas, o projeto em São Paulo não foi concluído até hoje e tem atividades em andamento em parte dos 12 "clusters", como vias que circundam a Avenida Paulista. No bairro da Vila Olímpia, os trabalhos foram terminados.

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Já o Ipiranga teve atividades realizadas recentemente por conta da reinauguração do Parque da Independência, em setembro. O trecho envolveu a remoção de 260 postes em 2,5 km de extensão. Apoiado pela TelComp, o projeto contou com a participação de 10 empresas de telecomunicações e investimento de mais de R$ 8 milhões.

A leitura é que características da metrópole como restrições de trânsito e horários, judicialização de obras e harmonia com outros sistemas públicos (como o de água) dificultam as atividades. No caos dos postes (cuja arrumação poderia custar R$ 20 bilhões nacionalmente, segundo contas já feitas pela Anatel), o maior problema são as grandes cidades.

Regulação

Atualmente, Anatel e Aneel estão discutindo a atualização das regras para compartilhamento de postes. O ponto de partida não traz o enterramento de redes, mas a possibilidade de cessão dos pontos de fixação dos postes para terceiros e a adequação de 3% do parque nacional por ano, seguindo planejamento das companhias de energia elétrica.

A proposta é rechaçada pela TelComp. Alternativamente, a associação de provedores propõe uma entidade neutra que reúna contratos e recursos pagos pelas operadoras de telecom para uso dos postes. Este player repassaria às elétricas o preço de custo por cada ponto de fixação, utilizando a diferença para gestão do parque ao lado de zeladores locais e tecnologia de fiscalização.

Recentemente, a Telcomp levou a proposta à Abradee, que representa as distribuidoras do setor elétrico. No caso destas, a defesa é pela revisão da modicidade tarifária que encaminha parte dos recursos pagos pelos postes para redução da conta final de consumidores – o que teoricamente liberaria mais recursos para a fiscalização.

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