Além da franquia: 5G pode introduzir pacotes por velocidade e latência

A chegada do 5G pode trazer consigo novos modelos tarifários para os serviços móveis, baseados em latência e na velocidade de download, além da franquia de dados. A avaliação é da fornecedora de equipamentos Huawei.

Durante debate promovido pela Anatel nesta quarta-feira, 7, o diretor de soluções integradas da Huawei no Brasil, Carlos Roseiro, destacou experiências internacionais de locais que já disponibilizam a tecnologia ao consumidor. Se na Coreia do Sul a escolha das operadoras foi a de aumentar os pacotes de Internet mediante alta no preço, soluções mais "inovadoras" foram adotadas em demais mercados.

"Na Finlândia, há uma operadora que, em vez de irem pela quantidade de dados, eles copiaram modelo da banda larga fixa por fibra e lançaram modelos totalmente por velocidades", afirmou. Segundo valores compartilhados pela Huawei, um pacote com 1 Gbps de velocidade é comercializado por 49 euros no país europeu.

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Já o serviço guiado por latência seria ideal para o público gamer. "O cliente pode escolher o pacote que mais se aplica. Se ele gosta mais de jogos, vai para latência baixa", exemplificou Roseiro. Segundo o executivo, a combinação das "verticais tarifárias" será útil no desafio de monetização do 5G móvel. Roseiro também vê um grande potencial para oferta de banda larga fixa 5G (FWA), sobretudo em locais não atendidos por fibra.

Primeira classe

No modelo de operação comercial de rede defendido pela Huawei, os serviços 5G seriam prestados de forma similar a um avião comercial. Clientes com planos diferenciados em velocidade ou latência estariam na classe executiva e os com planos regulares, na econômica. Já a primeira classe seria destinada para aplicações empresariais com nível de serviço específico. Contudo, esse formato poderia entrar em colisão com a neutralidade de rede.

B2B

Considerada a vertical mais promissora do 5G, o mercado corporativo (B2B) também teria diferentes níveis de serviço, de acordo com a Huawei. Segundo a fornecedora, pelo menos na China o mercado de redes privadas a partir do network slicing tem sido comercializado em três formatos: um "genérico", outro com algum tipo de exclusividade de dados que não saem da cliente e um terceiro, "VIP", com dedicação de infraestrutura e até mesmo de espectro, a depender da demanda.

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