Telefônica investe em parceria com universidade para promover IoT

Em parceria com o Centro Universitário da FEI (antiga Faculdade de Engenharia Industrial), a Telefônica/Vivo inaugurou nesta terça-feira, 7, em São Bernardo do Campo, região metropolitana de São Paulo, um centro de pesquisa para inovação em telecomunicações com foco em Internet das Coisas (IoT). A iniciativa, que não teve valor revelado, terá avaliação inicial em dois anos e deverá abastecer um laboratório no campus da universidade com computadores, celulares (como a plataforma Firefox OS), sensores, componentes de hardware e kits de desenvolvimento de IoT da operadora, além de incentivo a alunos de graduação, pós-graduação e iniciação científica nos cursos de ciência da computação, engenharia de automação e controle, e engenharia elétrica.

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"Um dos principais pontos quando decidimos fazer esse tipo de convênio é aproveitar todo o dinamismo e a frescura que os alunos trazem", disse o diretor-executivo de negócios digitais da Telefônica/Vivo, Roberto Piazza. Na visão dele, esses jovens estudantes podem conceber um ecossistema de aplicações e soluções de IoT que uma empresa não consegue fazer. "Somos incapazes de desenvolver toda a inovação. Parece bastante ambicioso que um laboratório pequeno de universidade possa cumprir esse papel, mas, se pegar a história da Internet dos últimos dez anos, as iniciativas de empresas mais bem sucedidas nasceram em laboratórios pequenos e garagens sem nenhum apoio", destacou.

A ideia é poder também aproveitar essas ideias para espalhar por outras subsidiárias do grupo espanhol nos mais de 20 países em que atua. "Qualquer inovação, necessidade que se tenha e que saia desse laboratório, existe um caminho preparado para se levar isso em protótipo, aplicação comercial e startup", diz Piazza, ressaltando o papel da Wayra para a iniciativa empreendedora.

Protagonistas

Para o reitor do Centro Universitário da FEI, Fábio do Prado, a parceria é importante para inserir o meio acadêmico no contexto de demandas da sociedade com o modelo de inovação aberta. "O convênio só se concretiza quando há cooperação entre todas as partes, e meu desejo é que as empresas possam se beneficiar da parceria", disse. "Nós jamais vamos fazer com que o conhecimento gerado dentro da sociedade chegue de forma ativa na sociedade se não for juntando as demandas de todos os protagonistas", diz, citando ainda o poder público "para discutir novos modelos para que a ideia mais simples e inovadora possa ser transformada em um produto".

O papel da Telefônica na iniciativa também está no investimento em recursos humanos. "Nessa primeira fase, ela está muito investindo nos laboratórios, nos equipamentos de ponta, e nos financiamentos de bolsas de estudos para alunos em nível de mestrado, doutorado e pós-graduação, porque é fundamental que possamos preparar o capital humano", diz, chamando os jovens alunos de "grandes stakeholders" das iniciativas de IoT. A ideia é que este seja o momento de gerar resultados. "As parcerias deverão ir se intensificando, inclusive com aporte financeiro, à medida em que vai gerando resultado." A avaliação periódica se dará em dois anos, mas com análises parciais, segundo Prado.

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