ALU pretende cortar 10 mil vagas, diz imprensa francesa

Como parte de um programa de corte de custos para tentar economizar 1 bilhão de euros até 2015, a Alcatel-Lucent (ALU) estaria planejando o corte de dez mil vagas. De acordo com informações da imprensa francesa, o grupo deverá, na verdade, demitir 15 mil funcionários, compensando com a criação de cinco mil postos de trabalho.

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No total, as demissões corresponderiam a 15% da força de trabalho. Segundo o jornal Les Echos, a ideia é cortar cerca de 900 postos na França, o que representa cerca de 10% de sua força de trabalho doméstica, fechando fábricas nas cidades de Rennes e Toulouse e vendendo as plantas de Eu e Ormes. A companhia contava com 72.344 empregados até o final de 2012, sendo 9.483 na França.

Já o Le Figaro diz que as demissões afetariam todas as regiões no mundo, sendo 4.100 desligamentos no bloco da Europa, Oriente Médio e África; 3.800 na Ásia; e 2.100 nas Américas.

Citando "pessoas familiares ao assunto", o periódico norte-americano The Wall Street Journal (WSJ) diz que a Alemanha seria a que mais teria cortes. Os cinco mil novos postos seriam focados em "áreas em crescimento", como roteamento de Internet. O jornal ainda cita analistas que consideram a estratégia um esforço para enxugar a fornecedora para uma eventual venda de ativos ou do negócio inteiro para a Nokia, para agregar à divisão Nokia Solutions and Networks, uma vez que a finlandesa teria capital com a venda da área de serviços e handsets para a Microsoft.

Procurada por este noticiário por volta das 19h30, a assessoria de imprensa da Alcatel-Lucent não foi encontrada. Além disso, não há comunicado oficial da ALU divulgado até o momento. Segundo o WSJ, a ALU deverá anunciar os cortes após reunião com sindicatos na terça-feira, 8.

Histórico

Caso confirmado, seria o segundo corte em exatamente 12 meses. Em outubro de 2012, a Alcatel-Lucent confirmou o desligamento de 5.490 funcionários em todo o mundo, também com objetivo de reestruturação e corte de gastos.

O CEO da fornecedora francesa, Michel Combes, assumiu no começo do ano a difícil tarefa de tentar melhorar os resultados da empresa. Ele tentou reestruturar o plano industrial para focar em redes IP e acesso ultra banda larga móvel e fixa. Segundo o último balanço financeiro divulgado pela companhia, o segundo trimestre registrou prejuízo líquido de 885 milhões. O balanço referente ao terceiro trimestre deverá ser divulgado no início de novembro.

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