Não se atrai investimento em data centers por decreto, sustenta Brasscom

A sugestão do governo de incluir no Marco Civil da Internet um dispositivo que obrigaria os provedores de conteúdo a guardarem os dados no Brasil foi criticada durante audiência pública realizada na Comissão de Ciência Tecnologia Comunicação e Informática (CCTI). Quem se colocou contra a medida foi o diretor da Brasscom, Nelson Wortsman.

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Segundo ele, o Brasil seria o País menos competitivo para a instalação de data centers da América Latina. "No Brasil, instalar um data center médio custa US$ 60 milhões; no Chile, US$ 51 milhões; no México, US$ 48 milhões; e em Miami, US$ 43 milhões. A carga tributária mais alta é no Brasil", afirma ele. Para operação dos data centers no Brasil, o custo é de US$ 1 milhão por ano, nos EUA é metade desse valor.

A sugestão do executivo é de que o Brasil busque acordos bilaterais que possam agilizar a obtenção de dados que são armazenados fora do Brasil em vez de colocar essa obrigação em um texto legal. "Se está demorando meses, nós estamos sendo incompetentes em pegarmos as autoridades americanas e construirmos acordos bilaterais", afirma ele.

Para o diretor da Brasscom, o Brasil tem potencial para se tornar o hub da nuvem da América Latina, mas para isso se concretizar alguns desafios precisam ser vencidos. "Vamos trabalhar para ser o hub, para que a nuvem da América Latina seja instalada no Brasil, mas para isso temos alguns desafios para vencer. Não é por decreto, é por competência, é por competitividade. Se o Brasil é atraente, os dados estarão aqui e os data centers estarão aqui sem precisar de decreto", afirma.

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