A NII Holdings, controladora da Nextel, obteve prejuízo líquido de US$ 103,5 milhões no segundo trimestre deste ano. Ou seja, 60 centavos de Dólar por ação. Um ano antes a companhia havia registrado lucro líquido de US$ 122,7 milhões.
O resultado negativo é fruto de um aumento nos custos da operadora, com a aquisição de novos clientes, US$ 282 por novo assinante, e com a implantação de sua rede 3G em diversos países da América Latina, incluindo o Brasil.
A receita operacional da companhia apresentou perdas de 15% na comparação com igual período do ano passado, para US$ 1,5 bilhão no trimestre encerrado em junho.
Entre abril e junho, a empresa registrou adição líquida de 235 mil assinantes à sua rede, aumentando a quantidade de assinantes em todos os países onde opera para uma base total de 11,2 milhões de clientes.
A geração de caixa medida pelo OIBDA consolidado chegou a US$ 211 milhões, caindo 56% na comparação anual com o segundo trimestre do ano passado. A empresa justificou o mau resultado do indicado sob a alegação de que ele foi impactado por taxas de câmbio menores, redução na receita média por usuário (ARPU), que caiu US$ 13 para US$ 38, e despesas incrementais relacionadas à implementação das redes de terceira geração (3G) no Peru e no Chile. Ao mesmo tempo, a empresa manteve seu trabalho para implantar redes 3G no México e no Brasil. Estes investimentos renderam à NII Holdings despesas de capital consolidadas de US$ 366 milhões no período.
De acordo com a companhia, a taxa de desativação de clientes (churn) foi de 2,30% no segundo trimestre, “um aumento de quase 60 pontos em relação ao nível registrado no mesmo período do ano passado”.
A Empresa encerrou o trimestre com US$ 4,7 bilhões em dívida total e US$ 2,0 bilhões em caixa e aplicações financeiras consolidadas, resultando em uma dívida líquida de US$ 2,7 bilhões.
Brasil
A Nextel Brasil experimentou uma queda de 53,4% em seu lucro líquido, mas conseguiu fechar o segundo trimestre do ano com resultado positivo: US$ 96,2 milhões. Em igual período de 2011, o lucro líquido da operação brasileira foi de US$ 208 milhões. As receitas operacionais somaram US$ 678,6 milhões, queda de 22% na comparação anual. Na mesma base de comparação, a ARPU caiu de US$ 70 para US$ 47. Entre abril e junho, foram adicionados 3,2 mil novos clientes à base da operadora, totalizando 4,23 milhões de assinantes.