A Viasat concluiu a integração da carga útil e testes de desempenho do satélite ViaSat-3, o que significa que o artefato já foi enviado para as instalações da Boeing na Califórnia para a preparação para o lançamento. Segundo informou a operadora nesta segunda-feira, 7, o satélite é o primeiro da classe e será justamente o que cobrirá as Américas, incluindo o Brasil.
Nesta nova etapa, a carga útil (payload) será integrada à plataforma do ViaSat-3, desenhada com base na plataforma 702 da Boeing. Depois disso, serão iniciados os testes para simular o lançamento e funcionamento em órbita.
Importante parte do sistema, o segmento terrestre (teleportos, gateways) da Viasat também teve "progressos significativos durante o último ano na preparação para apoiar os próximos lançamentos".
Como já adiantado por TELETIME, o lançamento, inicialmente previsto para este ano, foi adiado para o início de 2022. A Anatel autorizou o direito de exploração do satélite na posição orbital 79º Oeste pela Viasat na última reunião do conselho diretor, dia 27 de maio. A decisão foi publicada nesta segunda-feira, 7, no Diário Oficial da União.
Sistema
Este satélite é o primeiro da classe ViaSat-3, que tem como objetivo cobrir boa parte do planeta, em uma aposta clara no modelo tradicional de órbita geoestacionária. O segundo artefato, que cobrirá a Europa, Oriente Médio e África, deverá ser lançado no final do ano fiscal de 2022.
A expectativa da operadora é que cada artefato tenha mais de 20 kW de potência de carga útil, fornecendo mais do que 3 Tbps combinados. Esse desempenho vai permitir à Viasat ampliar em oito vezes a capacidade atual.
Naturalmente, também vai tornar possível a oferta de planos mais robustos de conectividade no Brasil, onde a empresa já atua contratando capacidade comercial em banda Ka do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), da Telebras.