Grandes operadoras intensificam ritmo e já superam ISPs em amplição da fibra

Registrando altas taxas de crescimento nos acessos de banda larga fixa há alguns anos, os provedores regionais (ou ISPs) precisam se preparar "para brigar com o Golias que resolveu entrar na festa" da fibra ótica até a residência (FTTH) – ou seja, as grandes operadoras do setor. Durante encontro nacional da Abrint encerrado nesta sexta-feira, 7, dados indicaram que as operações de fibra da Net, Vivo e Oi já crescem mais que os players regionais, acendendo o sinal de alerta de alguns competidores.

A informação foi trazida pelo partner da Advisia Investimentos, Rodrigo Leite: em 12 meses até abril, os acessos dos provedores regionais cresceram 29% (quando contabilizados contratos subnotificados) e 35% se considerados apenas os ISPs de perfil consolidador. No mesmo período, a operação de fibra ótica da Net avançou 44%, a da Vivo, 42%, e a da Oi, 48%. "A base legada delas ainda tem muito espaço para ser corroída, são mais de 20 milhões de acessos nas três grandes, mas as telcos estão se reinventando e transportando sua base para fibra", apontou Leite.

Diante dos números, o CEO da Triple Play, Gilbert Minionis, fez um alerta. "Houve crescimento relativamente rápido [dos provedores] porque fomos ousados, mas agora temos que brigar com o Golias que resolveu entrar na festa. O crescimento de fibra dos grandes do País já é maior que o de todos os pequenos juntos. Se eles decidirem acelerar, eles vão acelerar e serão um formidável competidor. Para nos defender, temos que ser muito rápidos e muito bons", afirmou o executivo da empresa administrada pelo Grupo Acon.

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Ainda segundo Minionis, a escalada recente dos ISPs foi viabilizada pela convergência entre a maior demanda do cliente por banda (gerada pelo Netflix e congêneres) e a "fraqueza econômica do País que levou os grandes operadores a desceram a velocidade [de investimentos] até passar a turbulência". O ano de 2019, por sua vez, seria o ponto de inflexão para um novo ciclo muito diferente em termos de volume aportado e atividade econômica.

"Estamos no aquecimento, mas de 2020 para frente haverá uma explosão [de aportes até então represados]. Vai ser difícil conseguir pessoas, equipamentos, matéria-prima e empreiteiras para instalação, porque a demanda será muito grande. Os grandes operadores têm recursos, pagam muito bem em muitas coisas e vão entrar onde estamos operando até agora", completou Minionis.

O tamanho do risco, contudo, não é um consenso no segmento. Diretor de Abrint, Basílio Perez afirmou a este noticiário que a ofensiva das grandes no FTTH deve ser encarada com naturalidade pelos pequenos provedores. "Acho que o sucesso deles seria parcial, porque o problema todo é a competição do pequeno com o grande. É difícil competir com a pulverização que temos", pontuou o dirigente.

1 COMENTÁRIO

  1. Olá boa tarde, meu trabalho é prestar serviços aos ISPs e como prova posso observar em detalhes as entranhas do negócio e confirmo que o crescimento deste mercado está em ascensão. Os Grandes provedores tem perdido uma enorme fatia do mercado para nós pequenos, seja por atendimento precário, não conseguem atender a demanda versus expectativa que os clientes querem, pecam enormemente nos preços altos e na baixa qualidade do serviço prestado. Conheça nossa empresa: EASY CONNECTION INTERNET VIA FIBRA ÓPTICA.

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