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Consolidação de provedores regionais será liderada por 20 ou 25 empresas

Tema quente nos corredores do encontro nacional da Abrint, encerrado pela entidade de provedores regionais nesta sexta-feira, 7, a consolidação do segmento tem contado com players financeiros cada vez mais exigentes e um volume crescente de conversas para fusão entre ISPs de variados portes. De acordo com a consultoria Advisia, de 20 a 25 provedores já despontam como candidatos a “consolidadores” do mercado.

“Não é questão de tamanho, mas de perfil. Os consolidadores são empresas expansionistas e/ou aquisicionistas. São muito atrativas para os fundos, e algumas já têm eles no capital social ou com 100% do capital detido. Está tendo muita atividade real de M&A e praticamente todos os 20 ou 25 consolidadores estão sendo abordados com muita intensidade por agentes financeiros, desde advisors até fundos”, analisou o partner da Advisia Investimentos, Rodrigo Leite.

“Já os regionais, locais e pequenos têm o tempo todo prospectado e pensado em aglutinações. Os locais principalmente”, prosseguiu o consultor, categorizando os ISPs em quatro grupos distintos (ver quadro abaixo). Junta, toda a cadeia somaria cerca 13,4 milhões de acessos de banda larga fixa, sendo 6,6 milhões deles ainda subnotificados à Anatel. Com a cifra, os provedores regionais deteriam 35% do mercado brasileiro de Internet e ainda teriam muito espaço para “corroer a base legada” das grandes teles, apesar do esforço recente delas na fibra, avalia Leite.

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Apesar do prognóstico, o cenário de consolidação atual é bem diferente do visto há alguns anos, argumentou o CEO da Triple Play, Gilbert Minionis. Administrada pelo Grupo Acon Investments, a empresa reúne seis ISPs adquiridos desde 2016. Com a credencial de operador e representante de fundo, Minionis afirmou que “de três anos para cá, tudo virou” no horizonte das fusões e aquisições. “Tivemos bastante organização, com cada provedor pensando se monetiza o esforço de tantos anos de trabalho. Hoje há mais oferta para investidores do que há quatro anos, quando eles queriam comprar e não havia opção. [Por isso] eles estão sendo mais exigentes”, argumentou.

CEO da Vispe Capital, Droander Martins corroborou o entendimento e lembrou que tanto fundos grandes quanto familiares “sentaram com várias operações, fizeram muitas diligências prévias, mas poucas operações aconteceram”. A situação teria “sacudido e acordado” diversas empresas do segmento, que começaram a botar a casa em ordem, buscando também a união com concorrentes. “O maior consolidador do mercado de provedores é o próprio provedor, que está fazendo ou pensando em fazer negócio dentro do setor”.

Uma aglutinação recente no setor foi liderada pelo fundo Vinci, que reuniu oito provedores mineiros sob a marca Vero – em processo que contou com auxílio da Advisia. Rodrigo Leite, contudo, observa que muitos passos operacionais e tributários precisam ser dados por interessados em fusões antes da decisão. “Muita gente está falando em juntar três, cinco, oito empresas, mas não é tão fácil assim”, alertou.

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