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Receita da Nextel Brasil cai 20% no primeiro trimestre

Em situação difícil, a Nii Holdings precisou lidar com um cenário macroeconômico mais fraco e câmbio desfavorável na Argentina, no Brasil e no México, países onde opera com a marca Nextel, segundo balanço financeiro divulgado nesta quinta, 7. Ainda assim, companhia espera conseguir renegociar com credores para sair da recuperação judicial já na metade do ano, embora afirme manter o foco na melhora do desempenho operacional.

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Mesmo obtendo atenção quase total da controladora, a Nextel Brasil registrou no primeiro trimestre de 2015 uma queda de 20,1% na receita de "serviços e outros segmentos" no comparativo anual, totalizando US$ 340,6 milhões. Considerando a receita total de assinantes, ficou em US$ 302,1 milhões, recuo de 19,27%.

Por outro lado, os ganhos do segmento brasileiro de US$ 3,5 milhões mostraram que a operadora conseguiu reverter as perdas de US$ 29,1 milhões registradas no mesmo período do ano passado. Já a receita média por usuário (ARPU) caiu 25,81%, fechando o período em US$ 23, justificado também por conta da desvalorização do Real frente ao Dólar.

No trimestre, a Nextel conseguiu adicionar mais usuários de serviço móvel pessoal (SMP, que incluem WCDMA e LTE) do que perdeu base no serviço móvel especializado (SME, rede iDEN). Foram 241,3 mil adições líquidas no SMP contra 190,2 mil desconexões no SME. Atualmente, a base WCDMA/LTE da empresa é de 1,971 milhão, um aumento de quase três vezes em relação a 2014. A base de trunking, por sua vez, caiu 29,95%, fechando março com 2,420 milhões de acessos.

O churn aumentou em geral: saiu de 2,39% em 2014 para 3,10% no 1T15. No SME, a taxa de fuga de usuários saiu de 2,53% para 3,19%; e no SMP, fechou o trimestre em 2,97%, contra 1,47% no ano anterior.

Controladora

A receita operacional da Nii Holdings registrou queda de 20,08%, totalizando US$ 763,9 milhões no trimestre. Considerando apenas a receita de serviços e outros, o recuo foi de 20,06%, total de US$ 719,5 milhões.

O prejuízo operacional foi reduzido em 22,33%, total de US$ 164,9 milhões. A perda líquida diminuiu 17,71%, fechando o período em US$ 309,5 milhões. Considerando o lucro operacional antes de depreciação e amortização (OIBDA) consolidado e ajustado foi, na verdade, prejuízo de US$ 21,4 milhões, resultado melhor do que 2014, já que foi uma redução de 60,95%. A empresa diz que isso ocorreu devido a menores custos de aquisição de clientes.

Em comunicado, o presidente da Nii, Steve Shindler, destacou os desafios macroeconômicos e de câmbio nas operações regionais, reconhecendo que continuarão a afetar tanto a Nextel Brasil quanto a da Argentina – a Nextel México teve a venda para a AT&T concluída no final de abril.

"Nosso foco para o restante do ano será continuar a construir nossa base 3G no Brasil e entregar crescimento de receita com moeda local ao oferecer planos de serviços inovadores que atendam as necessidades de nossos clientes", diz Shindler. Ele garante que a companhia continuará a investir na operação brasileira, incluindo modernização dos sistemas de TI e manutenção da qualidade das redes WCDMA, por meio de fundos obtidos com a venda da operação mexicana.

Futuro da controladora

O executivo deixa claro também que a Nextel Argentina, longe do foco da empresa, ainda é um ativo que pode ser negociado. "Vamos continuar a perseguir estratégias de economia de custos para reduzir o impacto de alguns desafios econômicos que estamos encarando em nossos mercados."

A Nii Holdings recentemente recebeu permissão do tribunal de falências norte-americano para solicitar aprovo de credores para colocar em prática o plano de reorganização. "Se aprovado por nossos credores e confirmado pelo tribunal, isso permitiria emergir do Chapter 11 (recuperação judicial) no meio do ano", declara o vice-presidente e CFO da companhia, Juan Figuereo, também em comunicado.

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