A Surf Telecom está acionando a Justiça para reverter decisão judicial de agosto de 2020 que barrou processo de oferta pública inicial de ações (IPO) da empresa. O episódio envolve uma disputa com a multinacional Plintron Holdings, acionista da operadora.
Segundo comunicado, um pedido apresentado pela Surf e pela Maresias Participações (acionista majoritária da operação) apontou irregularidades na representação processual e inconsistências na procuração adotada pela sócia – que detém 40% das ações preferenciais da Surf.
De acordo com a empresa, "houve alteração no controle da Plintron, o que invalida procuração atual, que é de janeiro de 2019". A alegação é que grupo britânico Lycamobile passou a ter participação de 60% na Plintron desde a data, mas sem retificação da procuração à representante da multinacional no Brasil.
Neste sentido, a Surf defende a extinção do processo que impediu a realização de IPO no ano passado. "A atual representação não tem poderes para advogar em nome da Plintron", afirmou a operadora.
Arbitragem
A abertura de capital foi suspensa em agosto de 2020 pela 1ª Vara Empresarial de Conflitos de Arbitragem. Na época, a Plintron afirmou que a Surf estaria retardando processo que garantiria o controle da operadora para o grupo, sediado em Dubai.
A empresa brasileira chegou a protocolar queixa crime contra a sócia após a Plintron desligar plataforma de comunicação que suportava sua atuação como agregadora de operadoras móveis virtuais (MVNO). Uma saída para a disputa entre as empresas deverá ser resolvida por meio de arbitragem.