Após reunir cerca de 109 mil participantes em uma semana de atividades em Barcelona (Espanha), a edição de 2025 do Mobile World Congress (MWC 2025) chega ao fim com um balanço completo da cobertura feita por TELETIME, in loco no principal evento de telecomunicações do mundo.
Na edição de 7 de março do Boletim TELETIME, nosso editor chefe Samuel Possebon fez uma análise sobre os principais destaques da edição deste ano do MWC – com destaque para os desafios enfrentados pelas operadoras de telecom, a ascensão da inteligência artificial (IA) na cadeia e a nova configuração geopolítica com a volta de Donald Trump à Casa Branca.
IA em foco
A Inteligência Artificial foi a expressão dominante no evento, sendo tema para dezenas de palestras, estandes e novos players, como a startup francesa Mistral. A MWC 2025 também levantou o debate sobre quais serão as aplicações efetivas de IA que podem ser oferecidas e utilizadas pelas operadoras em diferentes frentes.
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Geopolítica quente
O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e as implicações geopolíticas também foram tema central na MWC 2025, inclusive com duras críticas dos norte-americanos contra a regulação das grandes plataformas.
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Confira também a ambição da Índia de ser protagonista no 6G, o desafio da América Latina no novo momento das telecomunicações e uma análise (cortesia dos parceiros do Mobile Time) sobre o embate geopolítico entre Estados Unidos e China.
Na edição de 5 de março do Boletim TELETIME, Samuel Possebon também detalha o peso que a geopolítica teve na MWC 2025.
Desafios para operadoras
Um dos reflexos geopolíticos na MWC 2025 foi a ausência nas manchetes do debate sobre o relacionamento entre as operadoras de telecom e as plataformas de Internet, em um revés para o chamado fair share.
No evento, a cadeia também fez alguns alertas sobre a situação complexa atravessada pela indústria (veja aqui em mais um episódio do Boletim TELETIME). Sobretudo segundo as operadoras europeias, são necessárias mudanças regulatórias que evitem uma "decadência" do setor de telecom.
Para além do pessimismo, também houve espaço para perspectivas ousadas sobre o possível impacto da conectividade na economia global: US$ 11 trilhões. Já fornecedores como a Huawei apontam o 5G Advanced como a próxima etapa na evolução das redes. Por enquanto, a tecnologia ainda tem desafiado operadoras, avalia Samuel Possebon. Por último, os satélites também cresceram em importância na MWC 2025.
Fornecedores
TELETIME também conduziu uma série de conversas com importantes fornecedores da cadeia de telecom, que abordaram temas como IA, 5G, Wi-Fi e estratégia. Confira entrevistas com a Huawei, Ericsson, Qualcomm e Cisco feitas durante a MWC 2025.
O evento também foi palco para testes do uso do 6 GHz para Wi-Fi em uma banda de 500 MHz, como pretende fazer o Brasil após mudar a destinação da faixa.
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A comitiva brasileira
O Brasil teve importante comitiva na MWC 2025, formada por representantes de governo, reguladores, empresas e parlamentares. Ao menos sete deputados e sete senadores estiveram presentes, além de ex-parlamentares ainda ligados ao setor.
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Pelo lado do governo federal, o Ministério das Comunicações aproveitou a ocasião para indicar alguns direcionamentos para a pauta de regulação de plataformas no Congresso, nomeações para a Anatel e próximos leilões de espectro, na pessoa do ministro Juscelino Filho.
Entre as empresas, houve missões de quatro das principais entidades setoriais: Conexis, Telcomp, Associação NEO e Abrint, além da Aliança pela Internet Aberta (AIA), que representa interesses de empresas de Internet. Já a comitiva de startups brasileiras bateu recorde na MWC 2025.
