Grupo de TIC do BRICS coloca sustentabilidade espacial entre prioridades

Nesta quarta-feira, 7, aconteceu a primeira reunião técnica do Grupo de Trabalho sobre Tecnologias da Informação e Comunicação do BRICS, capitaneada pelo Ministério das Comunicações (MCom).

Um dos resultados da reunião foi a escolha das prioridades que nortearão as atividades e futuros documentos e agendas do grupo. No total, o GT aprovou quatro prioridades: conectividade universal e significativa; sustentabilidade espacial; sustentabilidade ambiental; e ecossistema digital.

No eixo de sustentabilidade espacial, Zambelli disse que o GT está trabalhando em documento de consenso, que vai tratar de alguns temas que estão sendo discutidos na União Internacional de Telecomunicações (UIT), como constelação de satélites de baixa órbita.

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"Queremos ter um relatório e um documento colocando as contribuições dos países do BRICS sobre a sustentabilidade espacial", disse o representante do MCom.

Conectividade significativa

O Diretor de política setorial substituto do MCom, William Zambelli, explicou que no tema da Conectividade universal e significativa, a ideia é fazer um mapeamento do que está sendo implementado nos países dos Brics.

Ele disse que com os debates feitos durante o G20, foi possível elaborar diversos indicadores sobre esse item, que servirão para balizar novas análises nos países. "Queremos mensurar como os países do bloco já caminharam na busca dessa modelo de conectividade. É um trabalho complementar ao do G20", disse Zambelli durante coletiva realizada na sede dos BRICS, em Brasília, após a reunião do GT.

Ambiental

Sobre sustentabilidade ambiental, a proposta aprovada no GT foi a de que cada país integrante do BRICS apresente seus casos onde as TICs estão inseridas dentro desse tema. Isso será feito em um seminário virtual, agendado para o próximo dia 2 de abril. "Sobre o MCom, vamos apresentar uma proposta de economia circular, que é sobre os computadores que temos reaproveitado para a inclusão digital", disse Willliam Zambelli.

O governo brasileiro também apresentará o caso do cell broadcast,  como um case que é utilizado como meio de comunicação durante tragédias ambientais.

Ecossistema digital e IA de fora

Sobre o tema do ecossistema digital, o GT irá discutir como está sendo feita a governança em cada países do bloco sobre o tema. Se existe um órgão regulador único, quem faz isso, como é feito, etc., explicou Zambelli. "O esforço é entender como cada país está trabalhando esses temas. É um esforço de mapeamento", disse.

Um dos temas que está de fora do escopo de debates do GT é o de Inteligência Artificial (IA). Segundo o Chefe da Divisão de Temas Digitais do Itamaraty, Marcelo Martínez, os países que integram os BRICS pretendem aprovar uma declaração sobre a gestão de IA. "Esse tema não está entre as prioridades deste GT. Será algo que a reunião de cúpula dos BRICS debaterá", afirmou durante a coletiva.

Perguntado sobre as recentes declarações do governo Trump sobre regulação de plataformas, o que afeta a geopolítica global em diversos aspectos, Martinez afirmou que o GT não debaterá esses assuntos.

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