Amos Genish: é melhor a TIM permanecer sozinha no Brasil

O CEO da Telecom Italia, Amos Genish, descartou qualquer processo de consolidação com a TIM no Brasil. Em teleconferência de resultados do grupo italiano nesta quarta-feira, 7, o executivo destacou que a operadora brasileira continua com sua estratégia de crescimento orgânico baseado no serviço móvel, ainda que considerando a expansão de sua infraestrutura de fibra para mais cidades no plano industrial para o triênio 2018-2020. E ressaltou que um processo de fusão, pelo menos no momento, traria incertezas.

"Na meta da TIM, é melhor permanecer como negócio standalone, que pode se sustentar assim; a convergência no Brasil não está acontecendo e ser apenas mobile não é problema", disse. "Claramente é uma jogada mais segura do que o jogo da consolidação, que não sabemos qual será o resultado", completou.

Genish garante não haver discussões de consolidação no momento, mas naturalmente entende que a dinâmica do mercado pode mudar após a recuperação judicial da Oi. "Quando ela sair do Chapter 11 (ou seja, a RJ), acho que no final deste ano ou começo do ano que vem, então talvez tenhamos uma análise diferente, mas não estamos ocupando nosso tempo com isso", encerra.

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O presidente da Telecom Italia também chamou atenção para outros aspectos do plano industrial da TIM Brasil. Ele explicou que não há metas claras para o pagamento de dividendos no País, mas destacou que a geração de fluxo de caixa "vai decolar" até 2019 "em níveis impressionantes".

Destacou ainda que a matriz italiana utilizará a experiência obtida no Brasil com a transformação digital para a redução de Opex. "A TIM Brasil começou a jornada dois anos antes da Itália, e já conseguiu eficiências de custo", declarou Genish. Ele cita a automação de backoffice, vendas digitais, a digitalização de centrais e uso da virtualização e cloud como impactos na eficiência e nos custos da empresa.

Separação

Ainda na noite da terça-feira, 6, a Telecom Italia divulgou que o conselho de diretores da empresa aprovou a separação voluntária de sua rede de acesso fixa. A proposta é a criação de uma entidade 100% controlada pela italiana, chamada Netco, mas que será a interface única para todos os operadores naquele país, incluindo a própria TI. O CEO Amos Genish recebeu assim os poderes para dar entrada com o pedido de separação na agência reguladora italiana, a Agcom.

Genish diz que nos próximos dias ele irá submeter a proposta à Agcom. A análise para definir o ambiente regulatório seria em junho, quando a companhia deverá ter uma ideia mais clara sobre o assunto com o regulador. "Então, em junho ou julho, vamos começar (o processo). O feedback inicial do regulador parece positivo", afirma.

5 COMENTÁRIOS

  1. TIM com maior eficiencia e um resultado absurdo nos proximos anos pagarará recorrentemente Dividendos e JCP. O mercado esquecera a VIVO e gestores farão a troca em suas carteiras.

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