Quinze investidores analisam data room da AT&T Latin America

A AT&T Corp. praticamente já desistiu da venda de sua participação na AT&T Latin America (ATTL) para a Southern Cross Group, envolvendo 69% das ações da empresa latino-americana. ?O management tem a obrigação de representar o interesse de todos os credores, então temos que maximizar o valor do investimento, que é de apenas US$ 1 mil?, disse o presidente e CEO da ATTL, Patricio Northland. Agora, há 15 possíveis investidores interessados na aquisição da operadora, que analisam suas informações disponíveis em um data room on-line com acesso via Internet. Entre os potenciais investidores estão operadoras de telefonia e bancos.
A ATTL é composta por operações em cinco países: Brasil, Peru, Chile, Argentina e Colômbia, formando uma rede de 7 mil clientes corporativos, distribuídos nas 12 principais cidades da região (sete só no Brasil). A decisão de vender a empresa foi fortalecida devido à perda de US$ 40 milhões, anunciada em outubro passado.
A dívida da ATTL atinge US$ 1,038 bilhão, dos quais US$ 833 milhões são com a matriz; US$ 170 milhões com fornecedores; e US$ 35 milhões com bancos comerciais. Northland admite que o total é elevado para o tamanho do patrimônio e afirma que pretende eliminar mais de 80% com uma reestruturação que está em andamento. Como a maior parcela da dívida é com holding, o executivo não vê dificuldade em se conseguir um write off (lançar o valor como prejuízo no balanço).

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No Brasil, a dívida é de US$ 25 milhões com três credores – bancos nacionais e estrangeiros. A renegociação já foi concluída com um deles e com os demais está em andamento. Basicamente, está sendo pedido alongamento de prazo de pagamento, diz o presidente da ATTL no Brasil, João Elek, sem revelar detalhes.
Há ainda outras saídas possíveis: solicitar uma proteção da dívida em nível corporativo nos EUA, o Chapter 11 (concordata preventiva), que não afetaria as operações nos vários países, ou encontrar um investidor financeiro que compre a dívida por um valor nominal. Neste último caso, seguiria o exemplo da WorldCom, nos EUA, da Impsat, na América Latina, da Nextel Internacional, ou mesmo da Vésper. Todas as hipóteses estão em análise pelos advisors contratados para fazer a reestruturação financeira – AlixPartners e Greenhill and Co.

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