Inflação e competição acirrada serão desafios para TIM e Vivo em 2025

Crédito: Pixabay

As operadoras TIM e Vivo devem continuar apresentando bons resultados em 2025, com as receitas sendo puxadas, sobretudo, pelo serviço móvel pós-pago. No entanto, a inflação e um eventual recrudescimento da competição, em função de novas estratégias da Claro e da entrada do Nubank na telefonia celular, podem comprometer as projeções, avalia a Genial Investimentos.

Em relatório sobre as duas grandes teles com ações na B3, a corretora aponta que o principal risco para ambas neste ano é a inflação, o que pode dificultar o reajuste dos preços que tem sido um dos pilares de crescimento desde a saída da Oi do mercado de serviços móveis.

"Caso o cenário se agrave, a empresa poderá enfrentar dificuldades em implementar reajustes nos planos, especialmente no pré-pago", sinalizou a corretora, no relatório de cada uma das empresas.

Notícias relacionadas

Competição acirrada

A análise também destaca que o ambiente competitivo deve ficar mais acirrado neste ano, principalmente pelas mudanças nas diretorias da Claro.

Segundo a Genial, espera-se que a tele controlada pela América Móvil adote "uma abordagem mais agressiva nas ofertas de preços, o que pode recriar um cenário similar ao período anterior à saída da Oi". Neste cenário, o espaço para reajustes de tarifas, por parte de TIM e Vivo, ficaria mais restrito.

A corretora ainda ressalta que a entrada do Nubank no setor de telefonia celular merece atenção, mas ainda sem provocar fortes impactos.

"Para 2025, consideramos que o risco associado a essa entrada seja limitado, já que suas ofertas, até o momento, não apresentam diferenciais significativos", avalia. "A restrição de serviços ao eSIM também limita o mercado endereçável, reduzindo a ameaça no curto prazo", complementa.

De todo modo, para ambas as empresas, a recomendação da corretora é pela compra de ações, com preço-alvo de R$ 21, para a TIM, e R$ 63, no caso da Vivo.

Quarto trimestre de 2024

Nos relatórios, a Genial apresentou suas projeções para os resultados de TIM e Vivo do quarto trimestre do ano passado.

A expectativa é de que a TIM reporte uma alta de 4,6% na receita, na comparação com o mesmo período de 2023, chegando a R$ 6,6 bilhões. Os serviços móveis devem crescer um pouco mais (+4,8%).

Para o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), espera-se um avanço de 5,6%, sustentado pelo pós-pago, que "continua como o principal impulsionador de crescimento". O lucro líquido, por sua vez, deve crescer 14,8% no quarto trimestre, alcançando a cifra de R$ 1 bilhão, estima a Genial.

No caso da Vivo, a receita projetada para o período de outubro a dezembro do ano passado é de R$ 14,5 bilhões, alta de 7,2% na comparação com o mesmo intervalo de 2023.

"Esperamos que o principal driver de crescimento continue sendo os serviços móveis (8,7% a/a), principalmente o pós-pago (11,0% a/a), impulsionado por reajustes de preços ao longo do ano e pelo aumento da base ex-M2M em 3,2 milhões de clientes em 2024", estima a corretora, que ainda aponta alta de 3,8% nos serviços fixos.

O EBITDA e o lucro líquido devem crescer, respectivamente, 6,9% (R$ 6,2 bilhões) e 11,5% (R$ 1,7 bilhão).

Vale lembrar que a TIM divulga os resultados do quarto trimestre e do ano de 2024 consolidado na próxima segunda-feira, 10. Os números da Vivo estão previstos para 25 de fevereiro.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!