Após o tumultuado final de semana com a manifestação do Ministério Público Federal recomendando o veto do Cade à venda da Oi Móvel, a TIM enviou nota à imprensa nesta segunda-feira, 7, defendendo a operação. A companhia, que receberá a maior fatia de espectro – e, por isso, a que desembolsará mais – reforçou que a transação foi desenhada para preservar o mercado de telecomunicações, restabelecendo um equilíbrio e viabilizando também a parte fixa com uma rede neutra de fibra (ou seja, a V.tal).
A companhia afirma que vetar a venda da Oi Móvel traria "consequências caóticas" para todo o mercado de telecomunicações. E que negar essa reestruturação traria "impactos negativos para a competição, o consumidor e o avanço digital do País".
Outro ponto no qual a TIM foi enfática é de que a operação com a Claro e a Vivo não se configuraria em um consórcio, como o MPF (e terceiros interessados no processo no Cade) alegou ser. Declarou ainda que o próprio Ministério Público do Rio de Janeiro acompanha a recuperação judicial da Oi, que está prevista para se encerrar no próximo dia 31 de março.
Confira abaixo, na íntegra, o posicionamento da TIM:
A TIM informa que a operação de venda da Oi móvel da forma como foi desenhada preserva todo o ecossistema de telecomunicações brasileiro.
Nesse processo da compra, nunca existiu nenhum consórcio, mas três operações distintas de ativos colocados à venda em função de uma recuperação judicial acompanhada por todas as autoridades competentes, inclusive o MP estadual.
A TIM é compradora da parte maior dos ativos e traduzirá o movimento em maior competição e ampliação dos níveis de serviço para todos seus clientes, incluindo os oriundos da Oi.
O desequilíbrio na dotação de espectro que se criou por meio de outras operações aprovadas é, na verdade, o gerador de assimetria competitiva que essa operação tenta corrigir.
Os remédios previstos pela Anatel, os que vierem a ser estabelecidos pelo ACC Cade, o êxito do leilão 5G e a intensa regulação setorial são garantias de um ambiente saudável de competição e investimentos.
Além disso, a aprovação da operação viabiliza um pilar importante: um grande projeto de rede neutra nacional em fibra, um insumo chave para o plano de reconstrução e fortalecimento das telecomunicações no Brasil.
A avaliação desse processo, portanto, precisa levar em conta um quadro amplo de variáveis, em prol de concorrência, investimentos e desenvolvimento tecnológico nas próximas décadas em um setor estratégico para o país.
Uma saída desordenada da Oi móvel do mercado terá consequências caóticas para todo o sistema de telecomunicações, com impactos negativos para a competição, o consumidor e o avanço digital do país.
TELETIME analisou (clique aqui) as consequências da manifestação do MPF e o que poderia acontecer no caso de um hipotético veto do Cade à venda da Oi Móvel. A reunião do Conselho Administrativo que pode trazer a decisão sobre o processo acontece na próxima quarta-feira, 9.
CADE se tornou um orgão político.
Os planos de celular vão subir igual a gasolina , energia elétrica etc, só um babaca não percebe
O caminho era vender a Oi para uma empresa internacional e assim abrir um pouco mais o mercado…
Deixar praticamente 3 operadoras é um veneno para o livre mercado…
Nenhuma empresa de fora se interessou, mas próximo foi a China Mobile, para evitar o banimento da Huawei, mas como o Biden ganhou as eleições americanas, o banimento da Huawei não ocorreu.
Essa negociação só trará melhorias aos consumidores, visto que esses terão maior cobertura em todas as operadoras. Quanto ao preço do serviço isso não mudará em nada, visto que a OI já deixou de ser concorrente da móvel há anos atrás e essa já não impulsionava competição.