Fibra e 5G podem exigir R$ 3,3 bilhões da Brisanet até 2025

Foto: Pixabay

A expansão da rede de fibra e a criação de uma operação móvel 5G devem exigir até R$ 3,3 bilhões em recursos da Brisanet até 2025, de acordo com relatório sobre a empresa elaborado pelo BTG Pactual.

Segundo avaliação do banco (que aguarda aval da Anatel para assumir controle da operadora de fibra V.tal), apenas a ampliação da rede óptica da companhia cearense consumiria R$ 2,1 bilhões. Já a implementação do 5G consumiria mais R$ 1,2 bilhão.

O plano de entrada no mercado móvel foi classificado como desafiador no relatório, sobretudo pela natureza competitiva do segmento (que está em consolidação). Mesmo assim, o BTG aposta em uma operação 5G de sucesso para a Brisanet, que poderia atingir 2,3 milhões de clientes em 2025.

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Também seria nesse ano que a operação móvel da Brisanet atingiria o breakeven, após três anos de Ebitda negativo projetados. Já em 2030, os analistas do BTG estimam que a Brisanet pode ter 10% do mercado móvel nordestino, com foco no pré-pago. O banco não se debruçou sobre os planos da empresa no Centro-Oeste, onde a Brisanet também adquiriu espectro.

Redução

No relatório, o BTG Pactual reduziu de R$ 16 para R$ 8 o preço-alvo das ações da Brisanet listadas na B3. Além do plano agressivo para o 5G, a adição de clientes menor do que a esperada em novas cidades, margens reduzidas e maiores custos de capital também influenciaram na mudança da avaliação.

O relatório lembrou que desde a estreia na B3 em julho do ano passado, os papéis da Brisanet já caíram 68%. A queda estaria associada não apenas aos indicadores abaixo do esperado, mas também à redução, entre investidores, da exposição a ações com baixa liquidez. Entretanto, o BTG observou que, mesmo abaixo do esperado, a expansão da rede FTTH da Brisanet se manteve expressiva, atingindo cerca de 1,9 milhão de casas passadas (HPs) ao longo do ano passado.

A aposta é que a empresa possa atingir 11 milhões de HPs em 2025 (ante 4,4 milhões atuais) e 2,5 milhões de clientes na banda larga no mesmo ano (ante 843 mil ao fim de 2021). A estratégia, como já apontado, consumiria R$ 2,1 bilhões em recursos.

"Se a empresa decidir financiar toda a necessidade de caixa [para 5G e fibra] entre 2022 e 2025 via dívida, precisará levantar pelo menos R$ 2,3 bilhões no período. De acordo com nossas premissas, a alavancagem da Brisanet atingiria 3,6x a dívida líquida/EBITDA no final de 2023 e atingiria um pico de 3,9x em 2024, antes de começar a cair a partir de 2025", sinalizou o BTG.

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