Lidar com múltiplas telas é desafio para provedores de conteúdo

A integração entre plataformas (smartphones, tablets, PCs, TVs etc.) é uma tendência entre serviços de conteúdo audiovisual, mas envolve uma série de desafios. Um deles é garantir uma boa experiência do usuário, independentemente do aparelho que ele utilize. "A integração em múltiplas telas não é mais um benefício, mas uma expectativa de todo usuário", afirmou John Shapiro, executivo da Adobe presente em painel sobre o tema na CES 2013, nesta segunda-feira, 7, em Las Vegas. "Não é certo eu poder assistir a um canal de TV na web e quando tento vê-lo no tablet pedem que eu pague de novo. Para serem bem sucedidos, os serviços multitela precisam ser desenvolvidos a partir de uma perspectiva da experiência do usuário", completou Shapiro.

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Como representante de um provedor de conteúdo digital educacional, o executivo Vineet Madan, da McGraw-Hill Education, lembrou que a diversidade de telas e de sistemas operacionais representa uma dor de cabeça, por requerer a programação de muitas versões diferentes. "E o HTML5 não resolve esse problema", alertou. Outra dificuldade é entender que cada conteúdo funciona melhor em um diferente tamanho de tela. Sobre este ponto, Matt Dorfman, executivo do Google, acrescentou: "a interação com anúncios é diferente em uma tela de 3,5 ou de 10 polegadas".

Privacidade

O painel abordou também a questão da privacidade sobre os dados coletados dos consumidores. Existe um temor, entre as empresas de mobilidade, de que o governo norte-americano crie uma legislação restringindo o uso dessas informações para publicidade. Para Dorfman, do Google, deveria caber ao usuário decidir o que deseja ou não compartilhar, em vez de deixar isso nas mãos da legislação. Entretanto, os painelistas concordaram que quase ninguém lê as dezenas de páginas dos contratos de privacidade de redes sociais ou outros serviços digitais. Nash Parker, da Alcatel-Lucent, adicionou outro ponto para reflexão: "é difícil proteger quem não quer ser protegido. Jovens são menos preocupados com privacidade."

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