O Atlas Brasileiro de Telecomunicações 2010, que já está em circulação, traz o mais completo levantamento da cobertura satelital brasileira. São nada menos do que 34 satélites cujos footprints e especificações de cobertura são detalhados pelo Atlas. Segundo a análise da publicação, editada pela TELETIME, o setor de satélites brasileiro superou com tranquilidade a crise econômica mundial. Dois serviços foram os principais responsáveis por manter a demanda aquecida em 2009: backhaul para redes celulares, que cada vez mais avançam para o interior do País, onde há pouca infraestrutura de fibra; e o surgimento de novas operações de DTH criadas por Oi e Embratel. As estimativas são de que a receita das operadoras de satélite no Brasil tenha crescido na ordem de 7% em 2009. E poderia ter sido mais, não fosse a escassez de capacidade satelital na região.
Apesar do desequilíbrio entre oferta e demanda, o preço do MHz na América Latina, em média, continua baixo. "Existe uma recuperação dos preços em andamento, mas é lenta por se tratar de um negócio de longo prazo", explica o presidente da Abrasat, Manoel Almeida. O ano de 2009 foi bom não apenas para as operadoras, mas também para as empresas que montam soluções via satélite sob encomenda para o mercado corporativo.
Ciente da demanda crescente por capacidade satelital no País, a Anatel trabalha para publicar no primeiro semestre de 2010 um edital de licitação de direito de exploração de novas posições orbitais brasileiras. Uma diferença em relação a licitações anteriores deverá ser a exigência de um número mínimo de transponders dedicados ao mercado brasileiro. Isso seria combinado à obrigatoriedade de cobertura em 100% do território nacional, o que já foi solicitado nas últimas licitações. Há oito posições orbitais brasileiras registradas na União Internacional de Telecomunicações (UIT) que poderão fazer parte da licitação: 92, 87, 84, 80, 77.5, 48, 37 e 10 graus Oeste.
Atlas Brasileiro de Telecomunicações 2010