MCTIC espera que Anatel mande o PGMU de volta sem mudanças

O secretário de telecomunicações André Borges declarou a este noticiário que a expectativa do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações é que a agência apenas retome a tramitação do Plano Geral de Metas de Universalização já aprovado, submetendo-o ao conselho consultivo e depois ao ministério. A agência mostra-se dividida sobre este tema, e dentro do conselho da agência há quem considere que uma vez que o PGMU foi devolvido pelo ministério, não caberia mais devolvê-lo.  "O trabalho da agência foi concluído, mas o nosso não", disse Borges. Confira as respostas do secretário ao ser perguntado sobre o tema.

TELETIME – O ministério, no começo de outubro, encaminhou à Anatel a retomada da tramitação do PGMU. A Anatel não disse o que vai fazer. O que vocês esperam?

André Borges – Nós pedimos apenas para a Anatel encaminhar o PGMU aprovado, nenhuma mudança, pois o trabalho deles está concluído. O nosso trabalho nós suspendemos mas queremos retomar, porque não está concluído. E como o conselho consultivo já tem quórum, achamos oportuno que se ouvisse o conselho. Por isso o ministro fez esse pedido. Como o conselho é um órgão consultivo, o trâmite correto é pelo presidente da Anatel, mas é apenas uma questão de encaminhamento.

Notícias relacionadas

E pediram também para a Anatel apresentar em 90 dias uma análise da questão dos saldos. Esses 90 dias se esgotam no começo de janeiro. O que vocês querem fazer com essa análise?

Para nós é importante que exista uma parcela desse total que seja incontroversa, anuída por ambas a partes. Essa conciliação é relevante e bastante possível. Até porque se você está fazendo uma contabilidade que pode se tornar investimento, não poderia haver nada pior do que uma divergência absoluta em relação aos números. A mecânica começaria errada. É preciso um entendimento dos valores. Há algumas coisas que não terão acordo: o backhaul da Oi e os PSM (Posto de Serviço Multifacilidade) em áreas rurais. São questões de princípio e acho que não haverá entendimento. Mas em outras coisas é importante que houvesse. Para nós o que vale é o saldo da Anatel, que é o órgão regulador e que vai arbitrar isso. Nós não vamos arbitrar isso. O que vamos dizer é que o saldo será revertido em banda larga de acordo com a política que estamos aprovando ou investimentos alternativos no escopo da concessão.

Que tipo de investimento?

Por exemplo, o Internet para Todos poderia ser feito dentro desse saldo. É algo que casa perfeitamente com telefonia fixa.

E como conciliar a resistência das empresas em assinar o aditivo contratual com essa questão do PGMU?

Tem que ser desvinculado uma coisa da outra. (O contrato de concessão) é de inteira responsabilidade da Anatel. Não deve estar no texto de uma política pública que sai do ministério e editada num decreto do presidente da República dizer que tem que assinar um contrato. Já havia uma posição da nossa Consultoria Jurídica de que essa exigência (de assinar o aditivo contratual) não deve ser incluída (no PGMU), porque deixa ao crivo do particular se subordinar ou não a uma política pública. Não queremos interferir no processo da Anatel, por outro lado o PGMU, por ser um decreto, prevalece sobre qualquer contratação.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui
Captcha verification failed!
CAPTCHA user score failed. Please contact us!