O programa de incentivo a projetos de inovação para o setor, o Inova Telecom, do Ministério das Comunicações, deverá sair no dia 18 de dezembro com recursos de R$ 1 bilhão inicial para o período de quatro anos para operadoras e fornecedores do setor. De acordo com o diretor de indústria, ciência e tecnologia do Minicom, José Gustavo Gontijo, o programa, que visa fomentar o setor, incluindo a parte fabril, "terá recursos financeiros de diversas modalidades para que as empresas façam projetos inovadores para alavancar o negócio deles e a banda larga no País”.
Segundo disse Gontijo nesta sexta, 6, durante evento da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) em São Paulo, é possível que a quantia inicial tenha um aumento. “Talvez seja mais, estamos tentando arranjar muitos parceiros. Já passamos pelo Funttel (Fundo para desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações) e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), mas a maior parte é do Funttel”, disse. O Inova Telecom deverá ser anunciado pelo ministro Paulo Bernardo no dia 18, afirma.
Gontijo explica que o programa abordará três critérios principais: uma de financiamento com “taxas amigáveis", outro da subvenção e outra um fundo de investimentos. Um comitê irá analisar os projetos de banda larga. “Terá um fundo de investimento, uma parceria que a Finep acabou de criar e já deve começar, já passou pelos conselhos”, diz ele. O próximo passo é trabalhar para a formalização. “Depois disso, é trabalhar nos editais, é mais operacional mesmo. Será o mesmo modelo dos outros Inovas”, disse o diretor do Minicom.
O Inova Telecom é parte do Plano Inova Empresa, que tem um orçamento total de R$ 32,9 bilhões. Os financiamentos deverão ter taxas de 2,5%, 3% ao ano e mais recursos não-reembolsáveis, segundo disse o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, em maio deste ano.
Fibra
A este noticiário, José Gontijo afirmou que as discussões com o BNDES continuam para incluir a fibra na linha de crédito do Finame, que aceita projetos de até R$ 20 milhões. “Temos uma conversa bem adiantada com eles, mas tem que passar por todo um processo”, justifica, citando as questões operacionais de projetos da infraestrutura ótica, como o aterramento. “Tem uma série de coisas que estão sendo desenhadas aí ainda” diz.