Embora reconheça que não haverá grandes investimentos em infra-estrutura no ano que vem, Fernando Terni, presidente da Nokia, acredita que a terceira geração da telefonia móvel vai chegar e com ela novos contratos para os fabricantes. Ele acredita que a necessidade de espectro das operadoras vai acelerar a adoção da terceira geração. ?Não vou dizer se vai ser no primeiro ou no segundo trimestre, mas com certeza no primeiro semestre do ano que vem esses negócios vão acontecer?, diz.
Fernando Terni fica no cargo até primeiro de janeiro, depois disso ele assume a presidência para a América Latina da Nokia-Siemens Networks, resultado da joint-venture para a área de infra-estrutura das duas empresas européias. Segundo ele, outra coisa que deve acontecer no ano que vem será o VoIP no celular, apesar das operadoras não serem muito a favor. ?Vai ser um ano dos serviços?, sentencia.
Terni prevê também a consolidação do mercado, que segundo ele, vai ficar com três operadoras, mas isso na visão do executivo não significa menos negócio para a empresa. ?Serão menos empresas, mas haverá necessidade de manter os clientes, rentabilizá-los, e investir em novos serviços? afirma.
Exportação
A Nokia vai exportar menos celulares em 2006 do que em 2005, quando o volume passou de US$ 1 bilhão. De acordo com Almir Narcizo, diretor geral da Nokia os motivos para a queda foram o câmbio desfavorável e o aquecimento da demanda para o mercado interno que absorveu boa parte da produção da fábrica brasileira, que fica em Manaus. Com a ida de Fernando Terni para a Nokia-Siemens Networks, Almir Narcizo passa a ser, a partir de primeiro de janeiro, o principal executivo da Nokia no Brasil.