TIM: discussões sobre 5G 'não fazem sentido' sem as regras do leilão definidas

Embora reitere que está preparando a rede para a chegada do 5G, a TIM deixou claro que ainda é cedo para saber como serão os níveis de investimentos necessários para a nova tecnologia. Sobretudo por conta da falta de definição sobre como será o leilão da Anatel. "Estamos tentando entender melhor as regras, porque até o momento não temos o entendimento claro, então qualquer tipo de discussão na faz sentido, por que é difícil de entender e saber qual o nível de Capex exigido e o tempo para a geração de receita", declarou o CEO da operadora, Pietro Labriola, durante teleconferência dos resultados trimestres nesta quarta-feira, 6. 

É mais um sinal claro de que o mercado procura segurança jurídica para o leilão. Há indefinição das condições da faixa de 3,5 GHz, e também com a própria modelagem, uma vez que uma nova proposta de edital foi apresentada na última reunião do conselho da Anatel (e que recebeu pedido de vistas do conselheiro Emmanoel Campelo). "Preferimos ter alguma coisa mais tarde, mas com regras claras, do que ter amanhã com regras que não são claras", declara. 

Enquanto essas condições não se definem, a TIM trabalha com a modernização de outros aspectos para a chegada do 5G. A empresa prepara uma disponibilização maior de data centers para conteúdo e processamento na borda, prometendo 37 unidades no total até 2021. Além disso, promove a migração de tecnologia para equipamentos prontos para o 5G e realiza pedido de propostas (RFP) nessa tecnologia (e no 4G) para fornecedores para os próximos três anos. A ideia é também poder utilizar a grande capacidade da tecnologia móvel como forma de acesso fixo. "Usar o FWA será uma oportunidade para o mercado, especialmente para a TIM nos próximos anos", declarou Labriola. 

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MoU e franchising

Com a prorrogação por 60 dias das negociações do memorando de entendimento (MoU) com a Vivo, a TIM também avalia como ficará o compartilhamento de espectro. Atualmente, a companhia diz ter evoluído bem nas conversas especificamente sobre 2G, mas também cita "outras frequências". O modelo de single RAN (ou seja, com apenas uma infraestrutura de rede de acesso sendo usada por ambas as companhias) será implantado em cidades com menos de 30 mil habitantes. Nas demais localidades, o compartilhamento de espectro mais tradicional será acionado. 

Segundo Pietro Labriola, ainda é cedo para se quantificar as sinergias. "Ainda não temos uma visão clara desse impacto, mas já [prevemos] redução de custo em 2020 e 2021. O contrato será assinado nos próximos meses, então provavelmente em 2020 trabalharemos para implementá-lo, e o impacto deve ser esperado de 2020 e 2021 para frente", argumenta. 

Perguntado se a TIM teria interesse em estratégia de parcerias por meio de franchising, semelhante ao que a Oi e a Vivo têm promovido, o CEO da empresa diz apenas que está analisando a questão para abordar como uma forma inteligente de investimento. "Continuamos com o TIM Live, mas seria algo parecido com o da Vivo", declara Labriola. 

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