Por conta de obrigações assumidas no arquivamento do plano de recuperação judicial na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), a Oi decidiu adiar a divulgação de seu balanço financeiro referente ao terceiro trimestre deste ano. Em fato relevante nesta quarta-feira, 6, a companhia adiou a data (originalmente para o dia 13 de novembro) para o dia 2 de dezembro citando "volume de trabalho e formalidades adicionais" para se adequar ao processo de auditoria requerido pelo regulador norte-americano.
Com o adiamento, a Oi divulgou então informações de desempenho não auditadas sobre o período de nove meses encerrado em setembro para "dar maior transparência ao mercado em geral". A companhia afirma que o EBITDA de rotina está "em linha com o guidance previsto no plano estratégico" e que a posição de caixa é de R$ 3,129 bilhões.
Segundo a operadora, o adiamento acontece porque, ao arquivar o Resale Registration Statement na SEC, como desdobramento de suas obrigações assumidas na RJ, ficou obrigada a manter registro atualizado até 2022, incluindo a necessidade de arquivamento de informações financeiras relativas aos últimos três exercícios sociais, submetidas a processo de auditoria completa (full audit). Agora, a Oi diz que existe a necessidade de completar esse processo sobre os anos de 2016, 2017 e 2018.
Com as especificidades relacionadas a 2016, quando o pedido de RJ foi protocolado, além de outras repercussões relevantes e a opção de alteração do padrão contábil da companhia para o IFRS, a Oi solicitou à SEC a substituição do processo de full audit das demonstrações de 2016 pelas informações relativas aos nove primeiro meses de 2019. A SEC acabou autorizando o pedido em 11 de outubro. "O trabalho de auditoria full audit para o período encerrado em 30 de setembro de 2019 trouxe então um volume de trabalho e formalidades adicionais em relação à divulgação regular de informações trimestrais que demandam da Companhia e de seus auditores um prazo maior para sua conclusão", justifica.