Vivo recupera lucratividade

Depois de amargar prejuízos, a Vivo voltou a apresentar resultado líquido positivo no terceiro trimestre deste ano. O lucro líquido foi de R$ 4,4 milhões no período, enquanto no segundo trimestre o prejuízo foi de R$ 112,8 milhões. A empresa se saiu bem, de uma forma geral, no balanço do período, o que demonstra que foi acertada a decisão de implantar uma rede GSM, mesmo que isto tenha acontecido muito depois da decisão das concorrentes. Em pouco tempo, a operadora atingiu uma base de 6,7 milhões de celulares GSM, equivalentes a 77% das novas aquisições. A base total é de 31,3 milhões de terminais, sendo 24 milhões CDMA e o restante TDMA. O market share caiu 0,5 ponto percentual em relação ao segundo trimestre, para 36,8%, e também teve queda de 2,5 pontos percentuais em comparação ao terceiro trimestre de 2006. A receita de serviços subiu 15,3% para R$ 2,8 bilhões em relação a igual período do ano passado. Foi considerada acertada também a aquisição da Telemig Celular e Amazônia Celular.
O Ebitda cresceu 31,4% no terceiro trimestre, atingindo R$ 833,3 milhões, com margem Ebitda de 25,7%. O ideal seria que a margem ficasse em 40%, mas o presidente da Vivo, Roberto Lima, admitiu que isto não acontecerá em curto prazo. O fluxo de caixa operacional mais a variação do capital de giro ficou em R$ 961,8 milhões no acumulado do ano, contribuindo para aumentar o valor econômico da empresa.
A companhia conseguiu reduzir o endividamento líquido em 28,7% na comparação ano a ano e em 14,1% na dívida bruta (R$ 661,2 milhões). A dívida de empréstimos e financiamentos somava mais de R$ 4 bilhões no final de setembro, dos quais 36% em moeda estrangeira. Para proteger a dívida financeira da volatilidade do câmbio, a companhia contrata operações de swaps e hedge, atrelando o custo final a reais. Segundo a empresa, a redução da dívida líquida se deve à melhor geração de caixa operacional.

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A Vivo contratou empréstimo de 250 milhões de euros junto ao Banco Europeu de Investimento (BEI), com sete anos de carência, para melhorar a eficiência operacional, disse o vice-presidente executivo de finanças da operadora, Ernesto Daniel Gardelliano. A captação foi em reais. Parte dos recursos entraram neste ano e o restante será entregue em 2008. Do Banco do Nordeste foram contratados R$ 268 milhões em março para pagamento em oito anos, mas foram recebidos R$ 165 milhões até agora, enquanto do BNDES foram contratados outros R$ 900 milhões.
O churn mensal (desligamento de clientes) caiu 0,4 ponto percentual para 2,2%, enquanto a receita média por assinante (Arpu)/mês subiu 7,3% no comparativo ano a ano, para R$ 30,8. O total de minutos de uso (MoU) atingiu 77 por cliente, com queda de 1,3% no trimestre.

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