PT quer detalhes sobre consultas para novos contratos de concessão

Os deputados petistas Walter Pinheiro (BA) e Jorge Bittar (RJ) entraram nesta quarta, 6, com requerimento junto à Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados, pedindo audiência com o ministro das comunicações, Juarez Quadros, e com o presidente da Anatel, Luiz Guilherme Schymura. Eles querem saber quais os critérios e regras a serem utilizados pelas atuais autoridades do setor na elaboração da minuta de rediscussão dos contratos de concessão de telefonia fixa.
Fonte bem situada no PT diz que os dois deputados, os mais experientes em telecomunicações do partido, teriam recebido informações de que Quadros e Schymura estariam muito mais propensos a atender os interesses das operadoras do que dos usuários. A própria fonte, porém, comentou que esse requerimento era desnecessário, já que haverá uma consulta pública. ?Acho que apenas pode criar desconfiança?, disse.

Disputas internas

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O requerimento é interpretado por analistas como um sinal das dificuldades que o PT estaria tendo para definir quem será o responsável pelas telecomunicações na equipe de transição. ?Se tivesse um responsável, bastava um encontro com Quadros e Schymura para os esclarecimentos?, observou o diretor de uma administradora de fundos de investimentos.
As dificuldades de definição não dizem respeito à falta de nomes, mas a disputas internas envolvendo o senador eleito Aloizio Mercadante, Pinheiro e Bittar. Mercadante, que teve um papel importante na amarração de ?compromissos de neutralidade? na mídia, não quer ficar de fora. Aliás, foi ele quem trabalhou para que o PT não atrapalhasse a votação da Medida Provisória do capital estrangeiro no setor. Pinheiro e Bittar, de seu lado, estão aparentemente unidos para defender suas posições.
Sem definições, abre-se espaço para rumores. O mais recente, que provocou reações negativas, era de uma suposta escolha de Marcelo Neto para a presidência da Radiobrás, por sugestão do publicitário Duda Mendonça. Marcelo Neto já ocupou o cargo durante o governo de Fernando Collor de Mello.

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