Dimensão dada para interferência em 3,5 GHz 'não é real', reitera TIM

Foto: Pixabay

Após realizar uma segunda demonstração pública da tecnologia 5G em 3,5 GHz no Brasil (desta vez na mineira Santa Rita do Sapucaí), a TIM voltou a afirmar que a dimensão da interferência que o sinal móvel na faixa pode gerar sobre os sistemas residenciais de TV via satélite (TVRO) está sendo superestimada por parte do mercado.

Diretor de tecnologia da operadora, Leonardo Capdeville apontou que os testes realizados pela empresa no campus do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) não geraram degradação na recepção de antenas parabólicas da região. "A dimensão [que vem sendo divulgada] não é real. Fizemos testes em Santa Catarina e aqui e não observamos problemas", afirmou o executivo. "Mas no caso de acontecer, precisamos estar preparados", completou.

Segundo Capdeville, interferências sobre o TVRO só devem ocorrer em "casos extremos" de proximidade entre parabólicas e estações radiobase (ERBs) 5G, podendo ser contornados com a instalação de filtros LNBF nas primeiras. Em grandes cidades, onde o serviço de quinta geração deve chegar primeiro, o cenário não deve ser tão comum por conta da baixa penetração das parabólicas em operação, avalia o diretor de tecnologia. Já no interior (onde o papel do TVRO é mais relevante), o 3,5 GHz não deve ser a escolha preferencial para entrega da conectividade 5G por conta do raio de cobertura reduzido na comparação com outras faixas.

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No momento, a Anatel busca uma resolução para o impasse em 3,5 GHz que não seja custosa a ponto de prejudicar os objetivos do 5G. Enquanto radiodifusores acreditam que a migração de usuários de TVRO da banda C para a banda Ku seja a única opção, as operadoras ainda aguardam o lançamento de modelos de filtros LNBF que resolvam eventuais interferências apontadas em testes de campo com a faixa.

*O jornalista viajou a Santa Rita do Sapucaí a convite da TIM.

2 COMENTÁRIOS

  1. convido quem fez os teste em Santa Rita e SC a divulgar os resultados e a metodologia usada nos testes assim podemos comparar com o que foi feito pela ANATEL no centro de treinamento da Claro (Ilha do Fundão – RJ) com co-participação dos fabricantes de "parabólicas", Emissoras de TV e representantes de algumas operadoras de telefonia celular.

  2. …então …a chamada é que a dimensão da interferência não é real ! ,,,e depois descreve que ' mas se acontecer, temos que estar preparados' …estranho isso ,né ? E se vai acontecer apenas 'em casos extremos' como descrito, então onde serão esses locais ? e quantas residências serão atingidas ?…etc.
    Assim …se cada empresa de telecom resolver fazer os seus próprios testes e decidir concluir e divulgar isso no seu ponto de vista (sobre o 5G em 3,5GHz), será uma situação complexa entender o que se pretende fazer no Brasil , com o tal espectro.

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