TV conectada pode ser ponte entre broadcasters e mundo IP

Serviços de vídeo sob demanda, de catch-up TV (recuperação de uma programação já exibida pelos canais lineares), vídeos da Internet e uma infinidade de  conteúdos online encontram-se hoje à disposição do usuário, mas sem ferramentas de busca e localização e de recomendação o usuário pode passar mais tempo pesquisando os conteúdos do que efetivamente assistindo a eles. A advertência foi feita por Tom Rogers, CEO da TiVo, empresa pioneira no conceito de gravaçÃo digital de conteúdo e que agora criou um set-top que agrega conteúdos de TV a cabo e da Internet em uma única interface. “As informações têm de ser organizadas de forma simples, racionalizada, porque o consumidor não vai suportar tantas opções de conteúdos e devices”, avalia Rogers. E segundo ele, ninguém melhor que a própria operadora de TV paga para organizar esses conteúdos: “o broadcast linear vai continuar sendo importante, o drive do consumo de conteúdo, por um bom tempo. E em muitos casos o operador é também aquele com o duto, a rede mais robusta para colocar tudo junto e entregar o que o usuário quer, quando ele quer”.

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Para Dan Saunders, head de serviços de conteúdo da Samsung, o consumo de conteúdos através de aplicativos nas TVs conectadas não visa destruir a experiência do broadcast de TV, de destruir o mundo linear, mas sim  de aproximá-lo do mundo IP. "O que estamos tentando fazer é que os consumidores tenham conteúdos de forma integrada em todos os devices. E a descoberta de conteúdos é parte importante e por isso temos investido muito no desenvolvimento de tecnologias de voz e gestos”, acrescenta Sauders. Ele cita ainda uma experiência que a Samsung vem conduzido com a operadora Telia Sonera na Estônia, onde um set-top box virtual do serviço de IPTV da tele está sendo embarcado em uma smart TV da fabricante.

“Nosso desafio é conectar os pontos para entregar o que o consumidor quer”, define o gerente geral do Xbox Live para a região EMEA, Rohan OOmmen. “O mais importante não é quem vai vencer, mas sim como vai ficar a sala de estar do usuário com tanta experiência fragmentada de diversos conteúdos em diferentes devices de fabricantes distintos e variados sistemas operacionais”, pontua.

Nesse contexto, o que Suveer Kothari, head de distribuição global da Google TV prevê é uma “tempestade perfeita” a se formar. “O conteúdo está sendo impulsionado pela demanda porque a banda larga já tem massa crítica suficiente e há muita fragmentação do conteúdo”, diz . Segundo ele, a plataforma de TV do Google também está investindo muito na funcionalidade de descoberta de conteúdos para facilitar a vida do usuário. “É importante algum tipo de curadoria do conteúdo, não apenas aquela feita por nós, mas também com recomendações de outros usuários”. O Google TV tem expectativa de estrear no Brasil em novembro.

Os executivos participaram de painel sobre TV conectada no primeiro dia da IBC2012 Conference, que acontece até o dia 11 em Amsterdã, na Holanda.

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