Oi confirma emissão de novo financiamento no dia 8; entenda

Foto: Pixabay

Em fato relevante publicado nesta terça-feira, 6, a Oi confirmou para o dia 8 de agosto a emissão de novos títulos para seu Novo Financiamento e para a reestruturação de dívida da operadora, conforme definido em plano de recuperação judicial.

A liquidação ocorrerá no limite do prazo concedido por credores da tele, que se esgota nesta quinta-feira. "A companhia espera emitir, na Data de Fechamento Esperada das Notas, US$ 601,0 milhões do valor principal agregado das Novas Notas Financiamento Sênior e US$ 1.334,9 milhões do valor principal agregado das Notas Roll-Up", explicou a Oi, no fato relevante.

Vale notar que o novo financiamento é composto por duas partes distintas: aporte de credores e de investidores terceiros, como a V.tal. Na soma, a Oi espera receber US$ 655 milhões em seu caixa (R$ 3,7 bilhões, na cotação atual)

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Mas o valor comunicado hoje – de US$ 601 milhões – é exclusivamente relacionado aos credores, que devem subscrever US$ 505 milhões do montante. A diferença entre as cifras emitida e subscrita por credores corresponde à taxa de conversão do empréstimo DIP atual da Oi, que será substituído pelo novo financiamento (cujo vencimento é em 2027, com juros anuais de 10% em dinheiro ou 13,5%).

Já a parte do aporte que cabe aos investidores terceiros não teve novos detalhes comunicados. A previsão é de que a V.tal acresça US$ 150 milhões no novo financiamento, totalizando o montante total esperado de US$ 655 milhões no caixa da Oi. 

Roll-up

No caso da reestruturação da dívida através de Notas Roll-Up para credores que optarem pela injeção de recursos, o valor de US$ 1,334 bilhão que será emitido na quinta é o equivalente a R$ 6,75 bilhões em novos títulos.

Esta dívida vai substituir créditos atuais dos credores que escolherem participar do novo financiamento, em tranches com vencimentos para 2028 e 2030 e juros de 8,5%.

A taxa de câmbio da conversão para esta operação está prevista no plano de recuperação: R$ 5,0567, ou a taxa de fechamento médio de venda de Dólar/Real dos 30 dias anteriores à aprovação do documento. 

Após as operações, credores que optarem pelo aporte de dinheiro novo com reestruturação de dívida devem deter até 80% do capital social da Oi. A empresa também estima que poderá reestruturar 70% da dívida em jogo na recuperação judicial. 

Outros credores que não aderirem à injeção de recursos devem ter créditos substituídos dólar por dólar em novos empréstimos e receber 8% do valor dos créditos (com pagamento do principal em 2044) e os 92% restantes, na forma de dívida participativa – sendo o principal em 2050, mas com opção de amortização antecipada pela companhia.

Aqui, a Oi comunicou que liquidou em julho US$ 11,1 milhões do valor principal agregado do Empréstimo 2044 e US$ 127,2 milhões do valor principal agregado do Empréstimo 2050. 

Em paralelo, a Oi também concluiu pagamentos em um valor igual a aproximadamente US$ 47,4 mil para credores que optaram por receber na forma de pagamento em dinheiro. Essa alternativa era possível para credores com créditos de até R$ 5 mil, ou que aceitaram limitar o recebimento a este valor. 

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