Leandro Gaunszer, country manager da Media Networks (que administra infraestrutura satelital no Brasil e que opera a capacidade de banda larga em banda ka do satélite Amazonas, da Hispasat), acredita que o mercado de banda larga via satélite no País deve ver o reposicionamento de prioridades, se tornando mais focado no mercado corporativo e no provimento de capacidade de backhaul. Como clientes, ele indica ter dois novos operadores que utilizarão essa capacidade. Os prestadores já contam com estrutura de rede e devem expandir a sua área de atuação com o satélite. O serviço deve ser oferecido majoritariamente para o mercado corporativo. "O custo do equipamento torna difícil lançar o serviço para o mercado residencial, mas o custo da assinatura para o consumidor final é competitivo", explica. Originalmente a Media Networks tinha um acordo de prover toda a sua capacidade com a empresa goiana ViaSat Brasil, mas o projeto não teve os resultados esperados e o acordo de exclusividade foi desfeito.
Além dos clientes da Media Networks, a Hughes prepara o lançamento de um serviço de banda ka, bem como a Brastrading (ex-acionista da ViaSat Brasil, possivelmente com a capacidade satelital em banda Ka da Eutelsat). A Star One (Embratel) terá capacidade em banda ka quando o satélite Star One D1 for lançado, no final de 2017, mesmo ano em que a Yahsat planeja ter serviços no País com a tecnologia. E, por fim, a Telebras terá capacidade em banda Ka quando seu satélite (SGDC) for lançado, em 2016.
O tema estará em discussão no Congresso Latinoamericano de Satélites, a ser realizado no Rio de Janeiro nos dias 15 e 16 de outubro. Mais informações pelo site www.teletime.com.br/eventos.