Prometida para o segundo semestre, a plataforma que agrega conteúdo de TV digital aberta e serviços over-the-top (OTT), a Live TIM Blue Box, continua em fase de testes com cerca de mil usuários selecionados no Rio de Janeiro e São Paulo. A etapa atual traz desafios técnicos de integração entre diferentes elementos, como middleware, serviços de conteúdo e a latência observada na conexão na caixa, mas são ajustes menores – a empresa considera que "a plataforma está pronta" e manterá os mesmos fornecedores (Entone produz o hardware na China; o processador é da Broadcom; middleware é da Minerva; e tecnologia de coleta de dados e recomendação de conteúdo da Movile).
Apesar dos planos com o produto, o diretor da Live TIM, Rogério Takayanagi continua garantindo que a companhia permanece firme em não oferecer o serviço de TV paga. "A TIM não tem nenhuma intenção de virar um SeAC, somos empresa de telecom, mas com a plataforma e a capacidade que a gente tem, podemos entregar qualquer tipo de conteúdo", disse ele durante painel na ABTA 2014 nesta quarta, 6.
Isso não significa que a operadora virou as costas. O executivo não confirma ter fechado acordos ainda para oferecer no set-top box serviços além do YouTube e do Netflix, mas há a possibilidade de disponibilizar conteúdo linear por OTT até o lançamento comercial da plataforma, o que deverá ocorrer em "meados do quarto trimestre". "Se alguém tiver conteúdo linear e quiser entregar através de nossa plataforma, é bem vindo. Temos conversado com todo mundo, inclusive Globosat. Tendo interesse, (a solução) está pronta." Segundo apurou este noticiário, outra empresa que já teria demonstrado interesse no Blue Box é a Sony – vale lembrar que a japonesa possui o serviço gratuito de streaming de filmes e séries Crackle.
